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17/04/2007
A visita dos representantes da comunidade de Heliópolis à cidade universitária da USP no sábado, 14 de abril, conseguiu cumprir vários objetivos importantes. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo voltará a assessorar o desenvolvimento da comunidade, o Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes tem interesse em um intercâmbio jornalístico e a TV USP já está veiculando a preocupação da Cidade de Deus com o destino do imposto pagopela comunidade - que, afinal, ajuda a manter as atividades universitárias no Estado.
O ponto central da visita era o de conscientizar a comunidade universitária da necessidade de ampliar o foco de suas pesquisas às demandas da sociedade que a cerca. Afinal, o ensino público superior gratuito é sustentatdo pelo dinheiro de impostos. E a comunidade de Heliópolis sabe que contribui regiamente para a existência da Universidade de São Paulo.
Na USP: saudação de Heliópolis à comunidade universitária
A conta é simples. Tudo que compra um trabalhador ou uma dona-de-casa de Heliópolis - ou de qualquer outra comunidade em São Paulo - traz embutido uma porcentagem de um imposto, o ICMS, Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços que, entre outras coisas, financia as universidades estaduais.
No papel, o exemplo é o seguinte: desde 1995, 5,02% do ICMS recolhido no estado vai para a universidade. Considerando os 900 reais que fazem a renda familiar média de Heliópolis e uma alíquota média de 12% de ICMS, as trinta mil famílias da Cidade do Sol pagam, por ano, 1,9 milhões de Reais para a USP. É quase um milhão de dólares, bastante dinheiro.
E o pessoal de Heliópolis ainda quer que essa contribuição se amplie. É fácil: se for eliminada ou severamente combatida a sonegação fiscal no Estado, aumentará a arrecadação e o dinheiro que vai para a educação superior. Todos ganham. Por isso, os moradores de Heliópolis ofereceram à USP um conjunto de cinco anúncios de rádio para uma campanha de combate à sonegação.
Os anúncios fazem parte de uma campanha intitulada Imagina e desenvolvida pela OBORÉ. São cinco spots educativos que foram cedidos aos serviços de comunicação da universidade. A proposta da comunidade de Heliópolis foi a de que a Rádio USP veicule os anúncios a partir de 1º de Maio - em conjunto com a Rádio Comunitária de Heliópolis, que voltará a transmitir naquela data.
A seguir, os pontos altos da visita:
A professora Maria Ruth explica para uma platéia atenta o trabalho que os pesquisadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo haviam desenvolvido em Heliópolis - e disse que irá voltar lá
Salas de aula sem paredes: estudantes da FAU aprendem com liberdade,
um conceito que poderia valer em muitas outras escolas
Estúdio de rádio da Escola de Comunicações e Artes
Na mesa: professor José Coelho Sobrinho, representando o Departamento de
Jornalismo e Editoração da USP, Gerô de Heliópolis, professora Cicília Peruzzo, Sergio Gomes, da OBORÉ
Hora do almoço: comendo no bandejão dos estudantes da USP
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