“Nove países, 7 milhões de km2, 1/20 da superfície terrestre, 2/5 da América do Sul, 1/5 da água doce do planeta, 1/3 das florestas, 3 fusos, 2 hemisférios.” Foi assim que o geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira dimensionou a Amazônia na última aula do 6º curso Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter, no dia 23 de junho. Promovido pela OBORÉ em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), o módulo teve a coordenação pedagógica do jornalista Pedro Ortiz. Durante dois meses, 25 jovens estudantes de Jornalismo de 11 diferentes faculdades se reuniram nas manhãs de sábado para conhecer um pouco melhor o universo chamado Amazônia. As onze aulas deram conta de temas diversos como mudanças climáticas, conflitos agrários, direitos indígenas e atuação do Exército, além de assuntos atuais, incluindo a usina hidrelétrica de Belo Monte, o novo Código Florestal e a Rio+20.
“O problema dessa vastidão é que ela leva as pessoas a acharem que na Amazônia tem bastante, então pode destruir um pouquinho que não vai fazer falta”, apontou Ariovaldo, que também é orientador de mestrado e doutorado
O professor aproveitou a ocasião para fazer uma crítica contundente aos resultados da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que na mesma semana reuniu representantes do mundo inteiro para discutir a transição para uma economia baseada na sustentabilidade. “O ‘Capitalismo Verde’ é impossível, porque é da índole do Capitalismo destruir. Se hoje, com uma minoria tendo acesso a esse padrão de consumo já destruímos o meio ambiente, quando ele for acessível à humanidade toda, o planeta sucumbirá.”
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