Na tarde da segunda-feira (31), no auditório do Teatro Next, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, falou da importância da comunicação a serviço da saúde e se comprometeu a estreitar laços com as Centrais Sindicais. Num encontro inédito (veja as fotos), o ministro e representantes das seis Centrais (CUT, CTB, CGTB, Força Sindical, Nova Central, UGT) discutiram formas para estabelecer uma ponte entre o ministério e o movimento sindical para a construção de uma agenda conjunta para a redução e informação dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Hoje, só no estado de São Paulo, morrem aproximadamente 200 trabalhadores a cada 15 dias. São cerca de cinco mil mortes por ano em acidentes relacionados ao ambiente de trabalho. “E nada aparece na imprensa”, enfatizou Sérgio Gomes, diretor da OBORÉ. Tão grave quanto os números é a falta de informação sobre o tema. Matérias sobre saúde e morte de trabalhadores raramente ganham as páginas dos jornais.
A imprensa sindical, responsável pela inserção de mais de 10 milhões de exemplares por mês nas ruas, também não traz à tona essa discussão. “Nós não temos um canal com o ministério. Por isso, nossa imprensa pouco se preocupa com o assunto, mas se bem aproveitada, poderia ser uma grande aliada e a informação chegaria mais rápido aos trabalhadores do nosso país”, justificou o representante da Central Única dos Trabalhadores, Siderlei Oliveira.
“Podemos estabelecer parcerias, pontes para que o Ministério da Saúde consiga disseminar suas ações em mídias que chegam realmente a tantos lugares e trabalhadores, como a imprensa sindical, num esforço para fortalecer o SUS. Estamos aqui hoje para dar início a esse processo”, disse o ministro. Há 18 anos, uma lei editada para promoção, proteção e recuperação da saúde, garante informação ao trabalhador e à sua entidade sindical sobre os riscos de acidente de trabalho.
Para Temporão, comunicação, informação e educação são eixos fundamentais para informar adequadamente os brasileiros sobre as questões que envolvem a saúde. Além de serem fundamentais para a construção de uma consciência política sobre saúde e qualidade de vida. Segundo ele, o Ministério da Saúde pretende também trabalhar a questão regional de forma diferenciada.
A aproximação do Ministério da Saúde e dos sindicatos foi unânime na fala dos representantes das Centrais. Jorge Alves, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, destacou a importância do momento. "É uma demonstração de que o Ministério da Saúde e