São Paulo, 10 de dezembro de 2016
Agora que uma grande parte da JUVENTUDE está se espantando com tantos fatos preocupantes – e começa a ficar curiosa para entender o que está por trás de tudo isso (e para onde as coisas podem nos levar) - ganha fôlego uma ideia de jerico (*) que pretende virar uma onda:
- Não adianta escrever pois ninguém vai ler!
Sobretudo se tiver mais do que dois parágrafos, envolver datas, sequências históricas, personagens desconhecidos e encadeamento de acontecimentos que possam, eventualmente, dar sentido ao fluxo.
Subestimam os jovens, estimulam a preguiça intelectual e apoiam-se, cinicamente, em conceitos sofisticados como “ modernidade líquida” e falsos argumentos sobre a velocidade dos novos meios de comunicação e o modelo do “ cada um no seu quadrado” como impeditivos para que venham a ter uma visão geral referenciada.
A tal da Visão Política, da Polis, da cidade, do País, do mundo como um todo.
Então, vamos ver se isso acontece aqui comigo, com você.
Hoje, 10 de dezembro de 2016, comemoram-se 68 anos da promulgação pelas Nações Unidas da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todos os seus 30 artigos foram incorporados à Constituição Brasileira de 88 que, por sua vez, foi fruto de um Processo Constituinte que durou quase 20 meses.
Finalmente, tínhamos chegado à Constituição Cidadã e derrotado a Ditadura!
Por isso estamos aqui na Praça Memorial Vladimir Herzog!
E o que isso tem a ver com o Vlado?
Leia atentamente a história em quadrinhos do Maringoni que ele publicou em outubro de 2005 na revista “Aventuras na História”.
Está aqui neste ENVELOPE DA SOLIDARIEDADE IV.
Hoje, não há quem não tenha ouvido falar de Laerte. Sobretudo por suas posições mais do que avançadas em defesa das questões relacionadas a gênero, ao Gênero Humano.
Mas quem sabe o que ele tem sido nestes mais de 45 anos de atividade criativa ininterrupta?
O que ele tem a ver com Ditadura, luta contra ela, a turma do Vlado naqueles idos dos anos 70, seu papel articulador em meio ao sufoco que se seguiu à morte do Vlado, a capacidade de produzir (e espalhar) lucidez e esperança ?
Leia atentamente à “Carta Aberta “ que Jal, Gual, Daniela e eu lhe endereçamos quando do lançamento do “ ENVELOPE DA SOLIDARIEDADE – VLADO, 30 ANOS DE VIDA ETERNA”, na Catedral de São Paulo, dia 23 de outubro de 2005, e fique sabendo quem é esse personagem histórico e em que rolos andou se metendo.
Por isso, ele está aqui com a gente, hoje, nesta Praça Memorial!
Mas como chegamos a este lugar, com esta fisionomia e destinado a ser o território livre dos que se bateram, batem e baterão pela Liberdade e a Justiça?
Como as obras do Elifas Andreato vieram parar aqui nesta latitude? E ainda falta uma delas (a reprodução em ponto grande do “Troféu Vladimir Herzog de Jornalismo, Anistia e Direitos Humanos”) que será erguida tão logo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo consiga fazer uma “vaquinha” entre os quase 700 ganhadores deste “Prêmio” que existe desde 79.
Em junho de 2013, Clarice Herzog fez o prefácio do livro lançado pela Câmara Municipal para dar a conhecer o “Relatório Final