Yan Boechat é jornalista freelancer e também trabalha com fotografia há cerca de 10 anos.
Foto: Ruam Oliveira / OBORÉ
Para mostrar aos estudantes de jornalismo como é fazer a cobertura de guerras e conflitos, o jornalista Yan Boechat participou na manhã do último sábado, 12, de entrevista coletiva no 16o curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflitos Armados e Outras Situações de Violência, módulo do Projeto Repórter do Futuro.
O jornalista, que já participou de coberturas na Síria, no Congo, Afeganistão, Ucrânia e outros países, compartilhou com os estudantes histórias vividas ao longo de sua experiência em reportagem de conflitos armados.
O jornalismo pode mudar o mundo?
Para Yan Boechat é vaidade dos próprios jornalistas acreditar que o exercício da profissão pode influir e gerar mudanças em casos de situações de conflitos armados. “Pode impactar uma ou outra história, mas não o todo”. Isto porque, de acordo com ele, as determinações relacionadas aos conflitos acontecem em uma esfera de poder superior ao alcance do jornalismo. “As pessoas te veem como alguém que vai escrever a história delas e isso vai mudar suas vidas”, conta, dando como exemplo o seu trabalho de repórter na Bósnia, Vietnã e Iraque.
O jornalista já participou de coberturas no Congo, na Síria e se prepara para ir à Venezuela em breve. Foto: Ruam Oliveira / OBORÉ
Essa conferência encerrou a etapa de coletivas de imprensa do módulo. Os estudantes se reunirão mais uma vez no sábado, 26, para um encontro de avaliação que acontecerá no Centro Cultural Marques de Melo (Intercom), em Pinheiros, São Paulo.
Além de Yan Boechat, a atividade contou com a participação de Sérgio Gomes, diretor da OBORÉ, Sandra Lefcovich, Coordenadora de Comunicação e porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para a Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e Diogo Alcantara, assessor de comunicação do CICV. A instituição é parceira da OBORÉ na realização deste módulo, que conta com o apoio da Abraji, do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) e da Intercom.
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