04/09/2018

Reflexões sobre o jornalismo na atualidade são tema de aula no Repórter do Futuro


O jornalismo de ontem e o jornalismo de hoje. A reflexão sobre ambos os cenários foi o mote do primeiro encontro do 5º Curso de Informação em Jornalismo e Direitos Humanos, módulo do Projeto Repórter do Futuro promovido pela OBORÉ em parceria com a Conectas e Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão em Políticas Públicas e Sociais (IPFD). O encontro aconteceu neste sábado, 1/09, na sede da Conectas, em São Paulo.

Como forma de discutir sobre a realidade do jornalismo que atualmente é praticado no Brasil e no mundo, o jornalista Marcelo Soares, especialista em jornalismo de dados e coordenador pedagógico deste módulo, usou de sua experiência em redações de grandes veículos  - tanto impresso quanto digital - para apontar as principais diferenças que os jovens repórteres irão enfrentar no decorrer da profissão.

Os principais impactos na profissão se deram por conta do avanço da internet, apontou Soares.  A tecnologia alterou desde funções e cargos dentro das redações como também formas de distribuição e veiculação de notícias.

A barreira de entrada no jornalismo, por exemplo, foi quebrada. Quando antes eram necessários diversos equipamentos e maquinário específico para colocar de pé um jornal ou rádio, hoje pode isso ser resolvido com apenas um celular. “O cara pode editar um podcast do sofá de sua sala, se quiser”, disse o jornalista.

A internet abriu portas para  as pessoas terem a possibilidade de criar suas próprias emissoras e veículos. Mas Soares também alerta que essa realidade é  uma via de mão dupla pois permite a criação de sites e portais mal intencionados.

 


Marcelo Soares (à esquerda) ao lado de Sergio Gomes. Foto: João Paulo Brito / Conectas

Para ele, até mesmo o tempo da redação mudou. Em comparação ao seu início de carreira, aos 18 anos, hoje as pessoas têm pouco tempo para socializar por conta do alto volume de trabalho. Quando