Mais uma reunião da Mesa de Trabalho da AMARC (Associação Mundial das Rádios Comunitárias e Cidadãs) aconteceu dia 26 de julho, na sede da OBORÉ, Escritório Paulista da entidade. O objetivo do encontro foi o de discutir alternativas para que a Rádio Heliópolis, fechada no último dia 20 pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e pela Polícia Federal , por determinação da Justiça Federal, volte a funcionar imediatamente.
Trata-se de um desdobramento da manifestação que aconteceu no dia 22, na sede da UNAS (União de Núcleos Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco), que reuniu quase 200 parceiros e simpatizantes num ato em defesa da rádio e da democracia na comunicação.
A mesa de trabalho da AMARC recebeu representantes da ANATEL, engenheiros Marcondes Buarque e Marcelo Pelegrini ; os professores Sebastião Squirra e João Plaça, representando a Universidade Metodista de São Paulo e a UNAS, através de seu presidente João Miranda, de Geronino Barbosa, coordenador geral da rádio Heliópolis e de Laís Fonseca, assessora de imprensa.
Também participaram da reunião Anna Cláudia Vazzoler, coordenadora do Escritório Modelo D. Paulo Evaristo Arns da Faculdade de Direito da PUC-SP; Donizete Soares, do GENS Projetos Educacionais e da ONG Cala a Boca já morreu; Heitor Augusto, repórter da revista A Rede; Mário de Freitas, da Rádio Netherland (Holanda) e Cristina Cavalcanti, Rafael Garcia, Terlania Bruno e Ana Luisa Zaniboni Gomes, da OBORÉ. Yapir Marotta, Gerente Geral de Planejamento da ANATEL, também participou da reunião diretamente de Brasília, por audioconferência.
Cley Guimarães
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Mesa de trabalho do Escritório Paulista da AMARC |
Próximos passos – De acordo com Yapir Marotta, da Anatel, é possível a Rádio Heliópolis receber uma autorização, em caráter provisório e experimental, para permanecer no ar: “Tínhamos um problema principal que é o de fazer a Rádio Heliópolis voltar a funcionar antes dos 7 ou 8 meses de trâmite burocrático para outorga. O que é possível para a ANATEL é autorizar a execução do serviço especial para fins científicos ou experimentais no canal 199”, considerou.
Para tanto, é necessário firmar uma parceria com uma instituição de ensino. A Universidade Metodista, eleita pela UNAS como sua parceira preferencial, foi convidada a participar do encontro e a discutir caminhos para essa possível parceria: “Vou procurar os caminhos na universidade. Estou à disposição da UNAS e da ANATEL, esperando contribuir com esse momento”, avaliou Sebastião Squirra, diretor da Faculdade de Multimeios da Metodista. “Vou levar a questão aos reitores e quero deixar aqui com vocês nossa disposição de ajudar”, concluiu.
Cley Guimarães
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Da. esq. para direita: Sebastião Squirra (Metodista); João Miranda (UNAS); Marcondes Buarque e Marcelo |