O livro Comunicação e Educação - os desafios da aceleração social do tempo (Paulinas, 2017) reúne dez pesquisadores, sob a coordenação do Prof.Dr. Adilson Citelli, da ECA-USP, que vêm se dedicando a estudar como a aceleração do tempo social, resultado, basicamente, de novas formas de presença das técnicas/tecnologias, das mudanças sociais e dos ritmos de vida, promove inter-relações nas dinâmicas comunicativo-educativas.
Trata-se de verificar até onde os andamentos que acompanham a instituição e o discurso escolar, com os seus docentes, discentes, diretores, equipes pedagógicas, revelam maior ou menor sintonia frente ao cenário contemporâneo marcado pela velocidade das mensagens permitidas pelos dispositivos digitais ancorados na internet, nos celulares, nos computadores.
O lançamento, marcado para às 19h na Livraria Paulinas da Domingos de Moraes ( em frente à estação do Metrô Ana Rosa), será precedido de debate entre autores e convidados.
Sobre a obra e os autores
o livro arrola dez trabalhos integrados pelo eixo estruturado em torno do acima referido fenômeno e seus nexos com alguns caracterizadores ontológicos do sujeito contemporâneo. Daí, respeitadas as eventuais diferenças no andamento, estilo e inflexão conceitual, os textos convergem no tangente às fontes teóricas, ao ambiente comum de pesquisa e debate intelectual em que emergem, permitindo profícuas recorrências entre eles, garantindo a unidade do volume.
Adilson Citelli, em Educomunicação, temporalidades e sujeitos, estabelece indicadores analíticos sobre o citado eixo que organiza o encaminhamento do conjunto dos artigos.
Sandra Pereira Falcão mostra, em Aceleração Social e Estresse Docente, como os educadores revelam crescentes problemas na área da saúde psicofísica, cujos vínculos com os modos de equacionar as relações entre aumento das demandas profissionais e encurtamento do tempo ficam evidentes.
Ana Luisa Zaniboni Gomes, conforme se lê no artigo O cotidiano docente do ensino superior privado em tempos de aceleração social, verifica em que medida os professores do terceiro grau ao expandirem a convivência com os mediadores técnicos ampliam jornadas de trabalho criando zonas de indefinição entre os afazeres em sala de aula e as tarefas profissionais ampliadas para outros espaços, a exemplo da vida doméstica.
Suéller Costa orienta o seu artigo, A rotina pedagógica na Educação Básica diante da aceleração social do tempo, ao exame das práticas educativas de professores baseados em uma pequena cidade do interior do Estado de São Paulo, tendo em vista mais bem entender determinados nexos entre ações docentes e circunscrições temporais.
Elisangela Rodrigues da Costa, em Diretores de escola e educação a distância: gestão do tempo e o ethos da autovalorização, apresenta pesquisa feita com dirigentes de unidades educativas que ao cursarem determinado programa de EaD revelaram seja uma perspectiva acerca da administração escolar, muito ligada à idéia de eficiência e eficácia, seja um rol de dificuldades para levar a termo o próprio curso, tendo em vista os óbices interpostos pelo comprometimento do tempo.
Rogério Pelizzari de Andrade, em O lugar do estudo na aceleração do tempo, analisa os efeitos da ativação temporal no período em que os alunos dedicam-se ao estudo fora da sala de aula.
Douglas Calixto elabora o seu texto Dos memes na internet aos processos de ace