Jornalismo e Direitos Humanos: encerramento reuniu estudantes e equipe de coordenação do curso no último sábado, 5 de dezembro, na sede da Conectas.

Projeto Repórter do Futuro
II Curso de Informação sobre Jornalismo e Direitos Humanos


No total, 436 estudantes universitários de 19 estados brasileiros se inscreveram para o módulo. Os candidatos representaram 22 cursos de 98 faculdades em todo o País. As inscrições ficaram abertas durante todo o mês de setembro. No dia 3 de outubro, em encontro realizado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, cerca de 70 jovens se submeteram a um teste de seleção para concorrer a uma das 20 vagas do módulo.
 
Antes da prova, os alunos participaram de uma aula magna com Jessica Carvalho Morris, diretora-Executiva da Conectas, sobre o papel do jornalista hoje na cobertura de direitos humanos.
 
“O artigo 9 do Código de Ética dos jornalistas brasileiros aponta que é dever desta profissão defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Então, todo repórter precisa saber quais são estes direitos para denunciar caso estejam sendo violados”, explicou Morris, durante a palestra.
 
Os vinte selecionados participaram de palestras e entrevistas coletivas com especialistas ao longo dos meses de outubro e novembro de 2015. O curso alia a prática reflexiva da cobertura jornalística com o conhecimento teórico de temas de direitos humanos.

Promovido pela Conectas em parceria com OBORÉ, Abraji - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e Sinpro-SP - Sindicato dos Professores de São Paulo, o curso é um dos módulos do Projeto Repórter do Futuro  que, neste  ano, contou com a coordenação pedagógica do jornalista João Paulo Charleaux e colaboração de Guilherme Alpendre, diretor executivo da Abraji. 

Conteúdo

Como é a realidade das prisões brasileiras? Qual a importância das Nações Unidas e da OEA (Organização dos Estados Americanos) para os direitos humanos e como o Estado brasileiro reage a denúncias de violações nestes órgãos? Qual o tamanho do fluxo de migrantes e refugiados no Brasil e como são as leis que os regulam?  Por que os medicamentos essenciais para a saúde são tão caros? ​E, sobretudo, qual o papel do jornalismo nisso tudo?

Metodologia

Os encontros, sempre aos sábados, cumprem a seguinte rotina:  30 minutos de reunião de pauta entre os alunos e o coordenador pedagógico; uma hora de palestra com os especialistas, seguida de uma hora de entrevista coletiva; e, por fim, 30 minutos para um balanço sobre a dinâmica do dia, novamente entre o coordenador e os estudantes. Na sequência, os alunos devem redigir um texto noticioso sobre o tema do encontro.

São oferecidos, ainda, atendimentos semanais individuais com jornalistas e professores com o objetivo de prestar orientação textual e jornalística personalizada. Também é possível avaliar, durante essas monitorias, as qualidades a serem potencializadas e problemas a serem trabalhados por cada aluno em suas produções. 

Pacto de reembolsa

Para medir o empenho real de cada participante, o projeto trabalha com o método da “Reembolsa”: os alunos pagam o valor de um salário mínimo no momento da matrícula, mas recebem o dinheiro de volta ao final do curso se: 1) participarem de todos os encontros; 2) participarem de ao menos um atendimento individual; 3) produzirem todas as matérias semanais na sequência de cada encontro; 4) Publicar ao menos uma matéria relacionada ao tema em qualquer veículo de comunicação que possua um edito