03/02/2012

Habitação e Urbanismo foram discutidos na segunda coletiva do módulo São Paulo do Projeto Repórter do Futuro

Habitação e Urbanismo foram discutidos na segunda coletiva do módulo São Paulo do Projeto Repórter do Futuro


A segunda conferência do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter reuniu, no último sábado (28), o arquiteto Ciro Pirondi e o vereador José Police Neto (PSD) para debater o tema Habitação e Urbanismo.  Pirondi é diretor da faculdade de Arquitetura e Urbanismo Escola da Cidade e Police Neto, presidente da Câmara Municipal de São Paulo. O evento também contou com a presença de Guilherme Alpendre, gerente-executivo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI, que auxiliou os estudantes na elaboração de pautas e perguntas aos palestrantes.

O Projeto Nova Luz, cujo objetivo é reurbanizar a região do Centro de São Paulo apelidada de Cracolândia, foi o assunto que dominou a entrevista coletiva realizada pelos estudantes.  Eles questionaram o uso da força policial no local, além das demolições de imóveis abandonados ou ocupados. Pirondi considerou a ação policial um erro. “Eu noto uma visão meio higienicista. Você tenta tirar tudo e espalhar para o resto. Sabe quando você pega um inseticida e espalha os problemas para os vizinhos?”. Em relação às demolições, contudo, ele concorda que muitas devem ser feitas por problemas técnicos das edificações. “Ainda assim, existe um patrimônio construído em São Paulo que deve ser preservado e utilizado de uma outra maneira.”, ele completou.

Sobre as famílias que residiam no local, o vereador Police Neto afirmou “Colocar 15 em um cortiço morando melhor do que na beira do córrego, eu não sei se é a cidade que a gente quer tirar daqui. Senão a gente faz uma leitura de que como está tá ótimo, todo mundo fez o que tinha que fazer e a iniciativa privada é o demônio”. Segundo ele, os imóveis derrubados estão fora do perímetro da Nova Luz, mas ainda constituem uma Zona Especial de Interesse Social. “Há 10 anos aquelas construções já deveriam ter sido demolidas e transformadas em habitações de interesse social para famílias com renda de até 3 salários mínimos”. Para ele, tanto os moradores do local como os comerciantes e proprietários da região não cumpriram a função que lhes cabia.

O Projeto Nova Luz se baseia na parceria entre poder público e privado, por meio da concessão urbanística da área. “Você não está dando 500 mil m2 para a iniciativa privada fazer o que ela quiser. Existe um plano urbanístico que define as áreas que tem que ser preservadas, os 88 imóveis tombados que ela terá a responsabilidade de recuperar, onde ela vai construir as habit