05/12/2015

Envelhescência, de Gabriel Martinez, foi tema de reflexão da Sessão Averroes de 25 de novembro, na Cinemateca

 

A SESSÃO AVERROES do último mes de novembro reuniu seleta plateia de cerca de 80 pessoas na sala BNDES da Cinemateca Brasileira para a exibição do filme Envelhescência, do diretor gaúcho Gabriel Martinez. 

O documentário, recentemente lançado no Brasil, mostra que o preparo para o envelhecimento humano pode ser encarado e vivenciado com leveza, positivismo e bom humor. Mostra que se a velhice pode ser limitante em diversos aspectos, uma atitude proativa, humorada e, sobretudo, a disposição de refutar estigmas sociais e estereótipos fortemente arraigados na sociedade contemporânea podem ser a chave para a gratificação e realizações nesta etapa da vida. 

A exibição foi seguida de Mesa de Reflexão com a presença do diretor do filme, da oncologista e paliativista Dalva Matsumoto e mediação da jornalista Ana Luisa Zaniboni Gomes. A SESSÃO AVERROES de novembro contou com apoio da Faculdade de Medicina de Itajubá, do Instituto Paliar, da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, da Tales Rocha Assessoria de Imprensa e da Coordenação de Políticas para Idosos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. 

Um assunto atual

A Organização Mundial da Saúde estimou que ao final do século XX haveria aproximadamente 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo e que este número duplicaria em 25 anos, chegando a 2 bilhões até 2050.

Projeta-se para o Brasil algo em torno de 29 milhões de pessoas acima de 60 anos já em 2020. No nosso país, bem como em todos os outros do mundo, o aumento da expectativa de vida foi atingido como consequência da melhora das condições de vida em diversas esferas da existência humana como a social, a econômica e a biológica.

Entretanto, tal aumento é acompanhado de desafios complexos. Tomando-se por linha mestra a área da saúde, nota-se que o envelhecimento da população é acompanhado de um aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas , que por sua vez tendem a causar diferentes impactos negativos na vida das pessoas, como reduzir a funcionalidade e causar sofrimentos físicos ou psíquicos.

Observando-se outros aspectos da vida humana, nota-se que no âmbito da arquitetura e do urbanismo, por exemplo, faz-se necessário um olhar especial para a pessoa idosa, uma vez que suas necessidades são particulares e devem ser contempladas.

Na economia e nas ciências sociais, o envelhecimento populacional traz à tona diversas peculiaridades como as questões previdenciárias e de políticas públicas.
Em suma, o impacto do envelhecimento populacional é sentido nas mais diversas áreas do conhecimento, o que faz com que a sua apreciação no cinema e nas artes seja muito oportuna, explorando novas sensibilidades para um novo entendimento e compreensão não apenas do adoecimento e da morte, mas da saúde e da vida, que deve ser vivida na sua plenitude, qualquer que seja a idade. 

É neste contexto que a curadoria da Sessão Averroes programou a exibição deste documentário: a narrativa mostra que o preparo para o envelhecimento humano pode ser encarado e vivenciado com leveza, positivismo e bom humor. Se a velhice pode ser limitante em diversos aspectos, então atitudes proativas, humoradas e, sobretudo, a nossa disposição de refutar estigmas sociais e estereótipos fortemente arraigados na sociedade contemporânea podem ser a chave para a gratificação e realizações nesta etapa da vida. 

Sobre a Sessão Averroes

Trata-se de um programa permanent