Da esquerda para a direita: Sérgio Gomes, diretor da OBORÉ; Aldo Quiroga, jornalista, professor e coordenador deste módulo; Cristina Cavalcanti, secretária-executiva do Projeto Repórter do Futuro; Marina Atoji, gerente executiva da Abraji e Filipe Tomé de Carvalho, chefe adjunto do CICV. Foto: Ruam Oliveira / OBORÉ
O encontro que definirá os vinte participantes da 17ª edição do curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflitos Armados e Outras Situações de Violência, módulo do Projeto Repórter do Futuro realizado pela OBORÉ em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão em Políticas Públicas e Sociais (IPFD), aconteceu no último sábado, 21/07, no Espaço Vladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Entre os presentes, o chefe adjunto do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, Felipe Tomé de Carvalho, trouxe um panorama histórico da instituição de ajuda humanitária, apresentando as diferentes frentes de atuação, um pouco sobre o conceito do Direito Internacional Humanitário e posicionamento da organização, como, por exemplo, o de não “tomar partido”. Carvalho destacou que o principal objetivo do CICV é colaborar na diminuição do sofrimento humano.
Este é um dos mais antigos módulos do PRF e único em todo o mundo realizado pelo CICV. “O curso de vocês pode fazer diferença na sociedade”, apontou Carvalho. Com duração de dois meses, o módulo segue a metodologia dos demais cursos e, este ano, contará com um encontro de Introdução ao Direito aplicável nos conflitos armados, com o assessor jurídico do CICV Gabriel Valladares, outro sobre normas internacionais aplicáveis à função policial no uso da força, com Paulo Roberto B. Oliveira, responsável técnico do Programa com as Forças Policiais e de Segurança do CICV, além de um encontro sobre cobertura brasileira do tema, com Patrícia Campos Mello e Lalo de Almeida, repórteres da Folha de S. Paulo.
Filipe Tomé de Carvalho, chefe ajunto do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Foto: Ruam Oliveira / OBORÉ
“Esse curso é tão longevo por conta dos resultados que ele traz”, afirmou Diogo Alcântara, assessor de comunicação do CICV, também presente na manhã de sábado. Ele destacou que é corriqueiro encontrar repórteres mais bem preparados para a cobertura de temas relacionados a questões humanitárias que já tiveram passagem pelo PRF.
Para Marina Atoji, gerente-executiva da Abraji, esta é uma oportunidade´para o estudante conhecer o jornalismo e saber o que a profissão espera. “É uma das poucas chances de aprender na prática antes de entrar nas redações”, afirmou.
O curso mescla a prática reflexiva da reportagem, com a tarefa de, semanalmente, cada estudante produzir um texto que apresente elementos do que foi discutido e conceitos sobre questões humanitár