03/06/2014

Documentário sobre Tim Lopes está em cartaz nos cinemas de todo o país

O documentário “Tim Lopes — Histórias de Arcanjo” estreia na próxima quinta-feira e vai levar para as telas do cinema nacional a vida do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, há exatos 12 anos. Na época, o profissional apurava denúncias de abusos sexuais em bailes funk na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.

O filme é dirigido por Guilherme Azevedo, que trabalhou durante seis anos com Tim Lopes e foi seu parceiro em diversas reportagens investigativas, como “Feira das drogas”. O roteiro foi assinado pelo jornalista e filho de Tim, Bruno Quintella, 31 anos,
que irá apresentar, no Congresso da Abraji, um making-of exclusivo deste filme.

Segundo Quintella, o título do filme traduz a proposta de tornar público o perfil sensível de Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, nome de batismo de Tim Lopes.

Para Guilherme Azevedo, não existia pessoa mais indicada do que Bruno para contar a história do pai e profissional: “Poucos conhecem a história do Arcanjo. Quando decidi fazer o documentário, sabia que não havia pessoa mais indicada do que o filho dele. Juntos, conhecemos várias histórias de Tim Lopes”. Ele conta ainda que parte do material do documentário que não foi utilizado será transcrito para a edição de um livro sobre o jornalista.


Bruno Quintella explica que o filme também dá ênfase a reportagens da época em que Tim Lopes atuou nos jornais “O Repórter”, “O Dia”, “O Globo”, “Folha de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”. Sem deixar de mencionar as reportagens especiais produzidas para a Rede Globo: “Decidimos mostrar o Tim cronista, apaixonado pelo Rio de Janeiro, e o profissional que se preocupava em dar voz às classes esquecidas da sociedade.”

Quintella explica que o ponto de partida do filme é o assassinato de Lopes. E a partir daí, é contada a sua trajetória profissional e pessoal, com momentos especiais da carreira e as origens no Rio Grande do Sul.
Entre as reportagens apresentadas