O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP acaba de concluir a 10ª edição da pesquisa sobre os dez parlamentares mais importantes do Poder Legislativo, realizada anualmente entre os “Cabeças do Congresso”. Desta vez, o índice de respostas superou as expectativas. Dos 10 “Cabeças”, distribuídos entre 71 deputados e 29 senadores, 87 votaram para a eleição dos dez mais, entre eles 60 deputados e 27 senadores. Somente onze deputados e dois senadores deixaram de votar.
A elite política do Legislativo, de acordo com o resultado da pesquisa, é constituída de cinco deputados e cinco senadores, na seguinte ordem: 1º deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), com 49 votos; 2º senador Renan Calheiros (PMDB/AL), com 46 votos; 3º senador Arthur Virgílio (PSDB/AM), com 42; 4º senador Aloizio Mercadante (PT/SP), com 35; 5º deputado José Carlos Aleluia (PFL/BA), com 31; 6º senador José Sarney (PMDB/AP), com 30; 7º deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), com 27; 8º senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA), com 26; 9º Henrique Fontana (PT/RS), com 26; e 10º deputado Rodrigo Maia (PFL/RJ), com 22 votos.
O resultado da pesquisa também fornece algumas pistas importantes sobre os critérios adotados pelos parlamentares para a eleição dos mais influentes: peso político, reputação positiva, (nenhum está envolvido nos escândalos do Mensalão ou dos Sanguessugas), capacidade de articulação e de interlocução política, fazer parte de grupos políticos, influência sobre o partido e, principalmente, poder institucional. Com exceção de Sarney e ACM, que são chefes políticos e ex-presidentes do Congresso, todos os demais exercem postos na estrutura do Legislativo, seja como presidente da Câmara e do Senado, seja como líderes partidários, do Governo ou da Minoria.
Além dos critérios dos que votaram, cinco aspectos chamam a atenção no resultado do levantamento. O primeiro é o número de senadores entre os 10 mais influentes. O Senado tem apenas 29% dos “Cabeças” mas representa 50% da elite. O segundo é o equilíbrio entre oposição e situação. São seis da base do Governo e quatro da oposição, entre estes dois senadores e dois deputados. O terceiro é o peso das regiões Norte e Nordeste, que respondem pela metade dos eleitos como mais influentes. O quarto é a composição ideológica da elite. São quatro parlamentares de esquerda, três de centro, dois de centro-direita e um de direita. O quinto é a distribuição partidária: o primeiro é o PT, partido do Presidente da República e maior partido da base na Câmara, com três parlamentares; o segundo é o PFL, principal partido de oposição, com três parlamentares; o terceiro é o PMDB, com dois, e por último o PSDB, com um e o PCdoB, com um.
No levantamento, de acordo com os votos recebidos, identifica-se um segundo grupo de influência, com diferen&c