11/07/2006

Coordernadores do Repórter do Futuro avaliam módulo

Os jornalistas e professores Manuel Carlos Chaparro e Ciro Pedroza, coordenadores do módulo "Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter", avaliaram suas participações no Projeto Repórter do Futuro. Acompanhe:

"A experiência do Curso Repórter do Futuro – Módulo "Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter" pode ser considerada, sob o ponto de vista pedagógico, bastante bem sucedida.

Tomando como base a avaliação formal do desempenho dos 20 alunas(os) participantes, o perfil qualitativo dos resultados, foi o seguinte: 80% no nível Ótimo; 10% no nível Bom; 10% no nível Regular.

A informação estatística é insuficiente, porém, para expressar a riqueza dos resultados, na medida em que não expressa as subjetividades do sentido pedagógico orientador do curso.

Não há síntese estatística que traduza, por exemplo, o que representa, sob o ponto de vista pedagógico, a frase dita por vários alunos e alunas, de viva voz, em formas variadas, na reunião final do curso: "Pela primeira vez na minha vida, um professor leu o meu texto, fez anotações e depois se sentou comigo para conversar sobre as virtudes e os defeitos do que escrevi, com orientações práticas e teóricas para corrigir defeitos e potencializar virtudes".

Essa frase tem tudo a ver com o principal objetivo do curso: capacitar os/as participantes para construir o lado mais importante da sua formação de jornalista repórter – aprender, fazendo; fazer, aprendendo.

Em função desse objetivo, o programa do curso fez uma combinação de atividades em que, de forma gradual – e com avaliação continuada – se colocavam ao alcance do aluno/aluna elementos de capacitação para cada um/uma usar, com responsabilidade social e competência, as ferramentas do seu ofício.

O eixo dinâmico desse processo foram as entrevistas com personalidades notáveis, donas de saber específico em campos essenciais da vida metropolitana de São Paulo: Segurança, Saúde, Transportes, Direitos Humanos e Violência.

Nas entrevistas, ao mesmo tempo em que adquiriam conhecimento, o aluno(a) exercitava artes e técnicas de perguntar, ouvir e compreender, lidando com conteúdos complexos.

Depois, produziam textos em que deveriam escolher e relacionar informações, idéias e significações relevantes do conteúdo dado.

Por último, deveriam cumprir o compromisso de conseguir a publicação de textos em veículos jornalísticos reconhecidos, impressos ou eletrônicos.

Nesse caminhar, alunos e alunas recebiam orientação pedagógica em três momentos: uma aula preparatória, antes das entrevistas, aos sábados; uma reunião de avaliação, logo após as entrevistas; e atendimento individualizado às quintas-feiras, para analisar e discutir os textos produzidos.

O cuidado pedagógica preponderante foi o de, na medida do possível, trabalhar individualmente com o aluno e a aluna, para que – até com objetivo de avaliação – fosse considerada como a referência de cada um/uma a própria verdade do futuro repórter – a verdade dos limites, das capacidades, dos sonhos e ideais. Sem comparações nem competições, a não ser a de cada um consigo próprio.

E assim foi feito. Com dificuldades, resistências, desencontros, mas com avanços, progressos, conquistas e resultados muito bons para todos nós.

Manuel Carlos Chaparro e Ciro Pedroza".


O módulo "Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter" foi promovido pela OBORÉ em parceria com a ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ABI - Associação Brasileira de Imprensa e Cátedra UNESCO de Comunicação para o Desenvolvimento. Contou também com o apoio do Inteligente Vestibulares, Ricardo Viveiros - Oficina de Comun