O geógrafo Wagner Costa Ribeiro defendeu a rentabilidade como estratégia para atrair grandes produtores e empresas para a Economia de Baixo Carbono.
“Enquanto a Economia de Baixo Carbono não virar uma oportunidade dos proprietários ganharem dinheiro, não vamos resolver as questões ambientais”, defendeu o Professor Wagner Costa Ribeiro, professor do curso de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) na quarta conferência de imprensa do curso Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter, no sábado, 2 de junho, no Instituto de Estudos Avançados da USP. “Não é o ideal, mas o mundo é capitalista”, justificou o Ribeiro e professor do Programa de Pós-Graduação
Para ele, o consumismo exacerbado é o responsável pelo esgotamento dos recursos na Amazônia, uma vez que o meio-ambiente possui um limite físico. O plantio de soja e a criação de gado, importantes produtos de exportação brasileiros, são as principais causa do desmatamento na região. “A agropecuária extensiva degrada grandes áreas, tornando necessária a busca de outros territórios que avançam sobre a Amazônia”, explicou a Profa. Neli Aparecida de Melo-Théry, na terceira aula do mesmo curso. Segundo dados mostrados por Ribeiro, o corte de árvores é o maior responsável pela emissão de gás carbônico pelo Brasil.
O Professor explicou que as chuvas no Sudeste do país vêm da Amazônia, redirecionadas pela Cordilheira dos Andes. “Como o desmatamento produz mudanças na dinâmica climática do local, ele pode até prejudicar a agricultura em outras regiões do Brasil”. Costa Ribeiro considerou que já existem medidas que podem ajudar. “Apesar de não resolver o problema, o Pacto da Soja é um acordo que visa difundir a produção com certificado ambiental. Se o produtor desmatar, não vão comprar soja dele”.
A maior reserva de água doce do mu