09/06/2012

Comissão da Verdade “Vladimir Herzog” começa a trabalhar nesta segunda, 11, com solenidade de abertura às 19h, na Câmara Municipal de São Paulo

O objetivo é investigar crimes cometidos pela ditadura militar na cidade de São Paulo. Solenidade de Abertura é aberta ao público e terá a presença de Clarice Herzog e da diretoria do Sindicato dos Jornalistas.

A Comissão da Verdade “Vladimir Herzog” será lançada oficialmente nesta segunda-feira, 11 de junho, às 19h, em Solenidade de Abertura na Câmara Municipal. A exemplo da Comissão da Verdade nacional, o objetivo é a “promoção de esclarecimentos em relação às graves violações de direitos humanos ocorridas no Município de São Paulo ou praticada por agentes públicos municipais” durante a ditadura militar, de acordo com documento oficial. Ela também se propõe a cooperar com a Comissão da Verdade Estadual, batizada de Rubens Paiva, e com a Nacional. O grupo é composto por sete vereadores, dentre os quais Ítalo Cardoso (PT) é o Presidente, Gilberto Natalini (PV), o vice e Eliseu Gabriel (PSB), o relator. Os outros membros são Juliana Cardoso (PT), Agnaldo Timóteo (PR), José Rolim (PSDB) e Jamil Murad (PCdoB).

 

O título da Comissão presta homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975 pelo regime militar, cuja morte ainda não foi investigada. Em entrevista ao Portal Imprensa, o vereador Ítalo Cardoso (PT), Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal e da Comissão da Verdade Municipal, reafirmou o caráter simbólico do tributo. “Essa é uma homenagem não só a Vlado, mas à sua família, e a todos que morreram de forma desumana no regime militar”. Para a Solenidade de Abertura, está confirmada a presença de Clarice Herzog, viúva do jornalista, e da diretoria do Sindicato dos Jornalistas. Na ocasião, será projetado o curta-metragem Vlado e Birri: encontros, de Marina Weis e Laura Faerman, que retrata a amizade entre o repórter e o cineasta.

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