22/08/2014

Com exibição de filme de Julia Bacha, jornalistas refletem sobre a paz no oriente



Realizada nesta quarta (20), na Cinemateca Brasileira, a SESSÃO AVERROES de agosto exibiu o documentário Budrus, seguido de Mesa de Reflexão coordenada pelo jornalista Sergio Gomes e com a participação de João Paulo Charleaux.

No filme, a diretora Julia Bacha vai ao vilarejo de Budrus, localizado na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, filmar os protestos não-violentos realizados em 2003 devido ao anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras históricas e economicamente importantes para a comunidade, além de usurpar terras palestinas.

Entre os principais protagonistas dos protestos está Ayed Morrar e sua filha que, à frente do movimento, conseguiram unir facções palestinas rivais, como o Fatah e o Hamas, e ainda judeus progressistas para lutarem pacificamente contra a ação israelense.

O filme é vencedor de mais de 15 prêmios internacionais e dá visibilidade a este pequeno movimento que uniu judeus e árabes muçulmanos, numa demonstração concreta de que a paz é uma tarefa possível.

Para João Paulo Charleaux, o filme demonstra que a desconstrução do sujeito precede e facilita atos de violência. “Fica muito mais fácil, seja para um exército ou para uma facção, justificar um ataque a um inimigo que foi antes despersonalizado”, afirmou o jornalista.

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