Na noite da terça-feira, 23 de outubro, o Teatro da Universidade Católica foi palco da premiação do 34° Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. A cerimônia foi conduzida pelos jornalistas Juca Kfouri, colunista da Folha de S. Paulo, CBN e ESPN Brasil, e Mônica Teixeira, âncora da TV Cultura e coordenadora geral da Univesp TV.
Ao todo, foram 17 trabalhos jornalísticos premiados em nove categorias: Artes, Fotografia, Jornal, Revista, Rádio, Internet, Reportagem de TV, Documentário de TV e uma categoria especial, envolvendo todas as mídias e que neste ano teve como tema "Criança em Situação de Rua".
O Prêmio Vladimir Herzog foi instituído em 1978 em memória do jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura militar, torturado e morto dentro do DOICodi, em São Paulo, em outubro de 1975. Seu objetivo é reconhecer o trabalho de jornalistas que colaboram na defesa e promoção da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.
Diante de uma plateia lotada, formada por estudantes e jornalistas de vários lugares do Brasil, a palavra de abertura foi de José Roberto de Toledo, colunista do jornal O Estado de S.Paulo, comentarista da RedeTV! e vice-presidente da ABRAJI – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, representando a comissão organizadora do evento. No discurso, Toledo ressaltou não só o recorde de trabalhos inscritos no prêmio, mas “as muitas violações de direitos humanos que nos compelem a gritar”, referindo-se às ameaças pelas quais vem passando André Caramante, repórter da Folha de S.Paulo, que precisou sair do país com sua família.
“Infelizmente, há muitas violações de direitos humanos que nos compelem a gritar” disse José Roberto de Toledo referindo-se a casos de jornalistas ameaçados. (Foto: João Paulo Brito)
Maria do Rosário Nunes, ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Mário Sérgio de Moraes, pesquisador do grupo Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro "O ocaso da ditadura: Caso Herzog" e Rosa Cardoso, advogada integrante da Comissão Nacional da Verdade também discursaram e evidenciaram a lembrança d