Foram dois finais de semana entre 9 e 25 de agosto de 2002 - seis dias de intenso e gratificante trabalho em que estivemos reunidos no Hotel Matsubara Praia de Cruz das Almas, em Maceió. Éramos, ao todo, 152 pessoas ligadas às áreas da saúde, educação e da comunicação: 89 participantes; 24 palestrantes; 18 estudantes secundaristas, 11 professores e uma equipe de coordenação de 10 pessoas para dar consequência ao Curso de Informação em Saúde Pública Para Comunicadores Projeto de apoio ao Programa de Redução da Mortalidade Materna e Infantil no Estado de Alagoas.
Ouvimos palestras de grandes especialistas, assistimos conferências de algumas das principais autoridades na área da saúde, participamos de entrevistas coletivas e reuniões de grupo, pudemos aprender com projeção de vídeos e peças de teatro e nos divertir com música da melhor qualidade. Todas as formas foram utilizadas neste evento promovido pela Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas através do Programa de Redução da Mortalidade Materna e Infantil e do Projeto de Informação, Educação e Comunicação e que contou como realizadores a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, o seu Centro de Educação Permanente e a OBORÉ Projetos Especiais em Comunicações e Artes.
Mas a iniciativa não teria acontecido plenamente não fosse também o apoio da Secretaria Municipal da Saúde de Maceió, Secretaria Municipal de Educação, Coordenação Estadual da Pastoral da Criança e do Núcleo de Saúde Pública da Universidade Federal de Alagoas.
Este Curso poderia constar da longa lista do “apenas mais um evento que discutiu a saúde da população” , não fossem três razões:
1. O alto índice de mortalidade materna e infantil no Estado
2. A vontade de todos e de cada um de mudar para melhor essa situação
3. Incorporar à luta um destacamento novo: jornalistas e radialistas.
Assim, hoje, nos sentimos mais qualificados para entender a complexidade que envolve o tema e com forças para enfrentá-lo com competência. Para reduzir a taxa de mortalidade já nos próximos 9 meses daqui até o Dia das Mães de 2003 - nos propomos a um Compromisso de Honra que será concentrar nosso empenho em cinco prioridades :
1. Relacionar e sensibilizar os comunicadores de Alagoas para a luta contra a mortalidade infantil;
2. Realizar oficinas de capacitação (estadual, regionais e locais) de comunicadores sobre o assunto saúde;
3. Produzir material informativo, com linguagem acessível, para fortalecer o trabalho dos comunicadores;
4. Buscar apoio das rádios comunitárias para os assuntos da saúde e apoiá-las no seu processo de legalização;
5. Que os Comitês de Redução da Mortalidade Infantil tenham a Comunicação como parte integrante de sua estratégia de ação.
Dessa forma, estaremos ajudando a concretizar os propósitos da Declaração de Adamantina documento elaborado pela 3a Conferência Brasileira de Comunicação e Saúde e aprovado pela XI Conferência Nacional de Saúde realizada em Brasília em dezembro de 2000, que diz:
“Os meios de comunicação de massa podem e devem contribuir com a sua parte no esclarecimento dos problemas e no equacionamento das soluções, destacando-se aí o papel do rádio através das milhares de emissoras comunitárias e cidadãs espalhadas pelo Brasil”
Maceió, 25 de agosto de 2002
Municípios participantes: Colônia Leopoldina; Maribondo; Jundiá; Atalaia; Palestina; Traipu; São José da Lage; Cajueiro; Mata Grande; Jacuípe; Senador Rui Palmeira; Canapi; Limoeiro do Anadia; Anadia; Penedo; Igreja Nova; São Brás; Porto Real do Colégio; Piaçabuçu; Maceió; São Sebastião; Jacaré dos Homens; Arapiraca; Delmiro Gouveia; Olivença, Branquinha; Monteirópolis; Olho Dágua Grande, Inhapi, Santana do Ipanema, Teotônio Vilela Palmeira dos Índios e Santa Luzia do Norte.
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