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Quatro histórias, com muito em comum – uma sessão de vídeos marcou a tarde do segundo dia do seminário Onda Cidadã (12 de dezembro, domingo). O primeiro a ser exibido foi Uma Esperança chamada Rádio (Jessé Silva, Piauí, 15 minutos, 2004). Com uma narrativa bela que emocionou a platéia, o documentário mostra a história da construção da rádio comunitária Esperança FM, em Guaribas (PI). Em pesquisa realizada pelo conselho gestor do Programa Fome Zero, no início de 2003, perguntaram aos moradores “de quê eles tinham fome”. A resposta: em primeiro lugar, água; depois, comida; e, em terceiro, uma rádio.
Em seguida, foi projetado A Cidade do Sol nas Ondas do Rádio (Claudiney Ferreira, São Paulo, 15 minutos, 2004), sobre a Rádio Heliópolis de São Paulo, produzido pelo próprio Itaú Cultural como uma forma de apoio à emissora. Marcada pela diversidade – são mais de 30 programadores e pelo menos 12 ritmos diferentes na grade de programação -, a rádio completa seus 12 anos em 2004. O vídeo mostra o dia-a-dia da emissora e entrevista programadores e ouvintes.
Taís Ladeira, da AMARC Brasil; Isis Lima Soares, do projeto Cala-boca já morreu;
e Grácia Lopes, diretora do projeto Vídeo Escola de Sorocaba
Já Histórias de Vida (São Paulo, 10 minutos, 2004) conta a trajetória de garotos e garotas que passaram pelo programa Educom.rádio, promovido pela Secretaria Municipal de Educação desde 2001 em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP. Cada personagem diz o que mudou em sua vida depois de participar do projeto.
E, finalmente, foi exibido o vídeo do Projeto Rádio Escola e Vídeo Escola de Sorocaba e do projeto Cala-boca-já-morreu (São Paulo, 15 minutos, 2004), numa edição realizada especialmente para o seminário Onda Cidadã. É um documentário inteiramente produzido por crianças. Jovens do Cala-boca-já-morreu e do Projeto Vídeo Escola mostram como meninos e meninas podem se apropriar dos meios de comunicação.
A comentarista, Taís Ladeira, presidente da AMARC Brasil, foi desafiada a fazer um breve apanhado da contribuição desses vídeos. “Em todos eles, algo muito interessante é que não são especialistas falando sobre rádio, mas narrativas construídas a partir dos próprios protagonistas da comunidade.” Nesse sentido, ela destaca a apropriação dos meios de comunicação por parte dos jovens, no caso do Educom.rádio; das crianças, no caso do Cala-boca; e da própria comunidade no caso das rádios. “Uma rádio realmente comunitária proporciona essa sensação de pertencimento”.
Crédito das fotos: Wellington Costa
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