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  Vlado  - 30 anos de Vida Eterna
 

O jornalista Vladimir Herzog, assassinado nas dependências do DOI-Codi em 25 de outubro de 1975, em plena ditadura militar, tornou-se símbolo da luta a favor da anistia e dos direitos humanos. Em sua homenagem foi criado, em 1979, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos por uma ampla frente democrática com a participação da OAB, ABI, Fenaj, Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da América Latina, Comissão Executiva Nacional dos Movimentos de Anistia, Comissão de Justiça e Paz e Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, além da família Herzog.

Em 2005, nos 30 anos de sua morte, um grupo de doze jornalistas, presos no DOI-CODI na mesma época em que Herzog foi morto, se autoconvocou  para lembrar o marcante episódio da história recente do país: Rodolfo Konder, Marco Antonio Rocha, Paulo Sergio Markun, José Vidal Pola Galé, Ricardo Moraes, Duque Estrada, Marinilda Marques, Frederico Pessoa da Silva, Sergio Gomes, Anthony Cristo, Diléa Frate e Luis Weis. A intenção foi ampliar a agenda de homenagens, envolvendo os mais diversos segmentos da sociedade civil nas atividades e na cerimônia de premiação, com exposições de artes plásticas e de fotografia; sessões solenes nas Câmara Municipais, Assembléias Legislativas e Senado; leitura de textos nos espetáculos teatrais; ciclos de cinema com filmes da época; palestras nas faculdades de Jornalismo. 

O ponto alto das homenagens foi o Ato Inter-religioso celebrado em 23 de outubro na Catedral da Sé pelo Cardeal D. Paulo Evaristo Arns e pelo Rabino Henry Sobel, acompanhados de 17 líderes religiosos de diferentes credos*. Foram D. Paulo e o Rabino Sobel que celebraram, em 31 de outubro de 1975 - seis dias após o assassinato de Herzog por agentes da ditadura - o primeiro ato ecumênico realizado no país, do qual participaram também o Reverendo James Wright e D. Hélder Câmara, ambos falecidos. Todos tiveram importante papel na luta contra a repressão política.

Ao final do culto, os presentes receberam como lembrança o Envelope da Solidariedade, com desenhos de pombas feitos por cartunistas amigos, a pedido do Laerte - entre eles Fortuna, Henfil, Ziraldo, Zélio, Ciça e Chico Caruso, e para os quais D. Helder Câmara compôs um poema diferente. 


Participaram do Ato Inter-religioso: D. Paulo Evaristo Arns, Rabino Henry Sobel, Revda. Coen de Souza (Monja da Comunidade Zen Budista, Primaz Fundadora), Daniel Calmanowitz (Centro de Dharma da Paz - Budista Tibetano), Swami Nirmalatmananda (Kamakrishna Vedanta Ashrama), Maria Cássia Anselmo (Federação Espírita do Estado de São Paulo), Dom Hiroshi Ito (Bispo da Diocese Anglicana de São Paulo), Pastor Rolf Schunemann (Pastor Sinodal da Igreja Evangélica de Conf. Luterana no Brasil - Sínodo Sudeste), Rev. Luciano José de Lima (Pastor da Igreja Metodista), Rev. Elias Andrade Pinto ( Pastor da Igreja Presbiteriana Independente), Iya Sandra Medeiros Epega (Tradição de Orixá), Pai Francelino de Chapanam (Culto Afro-descendente), Mãe Rita de Cássia (Tradição Umbandista), Xamã Ione Cirilo ( Xamanismo),  Xeique Armando Hussein Saleh (Missionário pela Paz Mundial), Sheik Muhammadd Ragip (Ordem Sufi Halveti Jerrahi Brasil), Flávio Assmann (Comunidade Fé Baha´i)

Depois de abraçar a Catedral da Sé ao som do canto tradicional hebraico "Eli Eli" , mais de quinhentas vozes acompanharam a cerimônia no concerto "Pax e Direitos Humanos", por iniciativa de diversos coros que integram o Fórum Coral Mundial, sob a regência do maestro ítalo- brasileiro Martinho Lutero.     

No Envelope da Solidariedade, uma carta de Sergio Gomes ao amigo Laerte justificando a re-edição:´Era preciso, Laerte, contar um pouco dessa história para que os jovens de hoje e mesmo os mais velhos pudessem compreender o que estão levando para casa. Para que pudessem tê-lo como referência e estímulo. Para que não percam as esperanças e verifiquem ou confirmem que a História é sempre obra humana. Que todos nós, cada um de nós, sempre pode fazer alguma coisa. Mesmo quando tudo parece ser impossível´.

Não me deixes carregar
um ramo seco, inútil e morto,
quando a razão de meu vôo
é levar a meus Irmãos
um ramo cheio de vida,
anunciador de paz!...

 
"Deve ser pesadelo" poema de D. Helder para a ilustração de Redi.

 
 
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