"De início, observei o projeto como um curso qualquer. Mas logo no primeiro encontro percebi meu equivoco..."

"Saio do projeto com um novo par de olhos..."

"Sinto que hoje posso falar com mais autoridade sobre os problemas da cidade e as possíveis soluções para eles..."

"Meu único lamento foi não ter tido tanto tempo para me empenhar mais nas matérias e elaborar as pautas em que pensei..."

"Em certos finais de semana eu enfrentei o seguinte dilema: ou produzia um bom texto para o Repórter do Futuro, ou fazia meus trabalhos acadêmicos de forma decente..."

"Minha participação poderia ter sido melhor se eu tivesse condições de descobrir São Paulo e sair por aí, explorando a cidade, contando algumas de suas histórias, isso faltou..."

"Cabe, então uma questão: para que fazer um curso que reproduz condições do mercado, tanto de tempo quanto de exigências, se eu posso simplesmente trabalhar e conhecer tudo isso?..."

"Repensei certezas e reformulei planos..."

"Aprendi muito com o Projeto Repórter do Futuro, que, aliás, me fez ter fé novamente na profissão do jornalista. Sem demagogia nenhuma!..."

"Aprendi a fazer "a" pergunta, pois todos deveriam perguntar e o tempo é reduzido..."

"O Repórter do Futuro mexeu comigo, com as minhas expectativas e com os meus sonhos em relação à profissão..."

"Não reclamo do pouco tempo que tive. Apesar da falta dele, pude desenvolver algo. Parece que quanto mais atividades fazemos, mais oportunidades nos aparecem..."

"Isso foi muito bom, porque desde então estou escrevendo mais e tentando publicar..."

"Foi até mais divertido vendo que, fazendo algo que sempre quis, mas nunca fiz, eu consegui a publicação..."

"O projeto me trouxe tantas coisas novas e aprendizados inesquecíveis que fica difícil de listar. Até porque listá-los talvez diminuiria a importância que eles tiveram para mim como jornalista e ser humano..."

"O trabalho no sábado não começava na mesa da coletiva, começava no café-da-manhã, com o Sergio. "Você quer ser repórter ou assistente social"? Ele desconhecia que a militância nos Direitos Humanos – a vontade de cursar Direito – e o jornalismo eram destinos que me dividiam profundamente, dúvidas cruéis..."

"E o caleidoscópio?... A beleza da figuras únicas que se pode observar por aquele pequeno buraquinho, misturada com as falas do Sergio sobre os vários ângulos que um repórter deve enxergar, me tirou até o sono..."

"Hoje, concluindo o curso, acho que tenho mais força do que medo. Acho que a ‘crise’ provocada pela OBORÉ, está se transformando, aos poucos, em mais garra e confiança para persistir em meu objetivo de trabalhar como repórter..."

(Mal sabe Sergio, "que aquela frase fora de contexto, entre canecas de café com leite e pão com geléia, enterraram de vez essa hesitação...").

Agora, Aline, Amanda, Ana Carolina, André, Beatriz, Carina, Carla, Carlos Tadeu, Carolina, Caroline, Diego, Fábio, Fernanda, Marcel, Mariana Morais, Mariana Delfini, Marina, Priscila, Rafael e Silvia, vão!...

Vão ser Repórter!... Vão ser outra pessoa na vida!... (ainda é tempo!)

São Paulo, 1° de julho de 2006.