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  Repórter do Futuro começa novo módulo

  09/05/2006

Os 21 estudantes que participam do novo módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter foram selecionados entre  inscritos
Uma conversa entre a coordenação e os 20 estudantes selecionados marcou, no último sábado, 6 de maio, o início do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter 2006, do Projeto Repórter do Futuro. O novo módulo conta com a  parceria da ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ABI - Associação Brasileira de Imprensa e da Cátedra UNESCO de Comunicação para o Desenvolvimento e apoio do Cursinho Inteligente, Ricardo Viveiros - Oficina de Comunicação, Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP, FAJORP - Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo, Curso de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Departamento de Jornalismo PUC - SP.

À partir da esq: Manoel Chaparro, Sergio Gomes, Ciro Pedroza e Álvaro de Azevedo, coordenadores do módulo
Os coordenadores do módulo, Manoel Carlos Chaparro, livre docente da USP, Ciro Pedroza, radialista e professor universitário, Álvaro de Azevedo, professor do Cursinho Inteligente Pré-Vestibulares, e Sergio Gomes, diretor da OBORÉ, falaram aos estudantes sobre as atividades programadas até o dia 17 de junho (programação abaixo), quando encerra o módulo. Chaparro e Pedroza, responsáveis pela coordenação pedagógica, explicaram o método de avaliação das matérias produzidas.

Foi explicado também o critério da Reembolsa que funciona da seguinte forma: cada aluno selecionado investe uma taxa simbólica de R$ 350,00 - o valor de um salário mínimo - em cheque pós-datado, que será devolvido ao final do módulo se ele assistir todas as palestras, realizar uma matéria semanal e conseguir publicar ao menos uma delas, ao longo do módulo, em qualquer meio de comunicação que tenha um editor responsável. 

Para receber a Reembolsa, o estudante deve assistir todas as palestras e enviar as matérias nos prazos indicados no cronograma abaixo para o e-mail reporterdofuturo@obore.com. A cópia física da matéria publicada deve ser entregue até o dia 30 de junho de 2006, na Secretaria do Curso.

Cada estudante ganhou um exemplar do livro "Cotidianos culturais e outras histórias", de André Azevedo, que foi aluno do Repórter do Futuro, em 2003. André enviou por email um depoimento falando sobre o livro e a importância de ter participado do curso (texto abaixo).

Após as apresentações - o grupo foi dividido em duplas para que cada colega apresentasse o outro - foi exibido o documentário "Vila Buarque - Um ponto de Cultura". Dirigido por Dimas de Oliveira Jr. (direção artística e roteiro) e Luis Felipe Harazin (direção técnica) o filme conta a história do bairro que surgiu na última década do Século XIX, onde hoje estão localizados o Edifício Copan, o Sindicato dos Jornalistas e a OBORÉ, além de instituições de ensino, restaurantes e teatros.

Os coordenadores do módulo atenderão individualmente os estudantes, às quintas-feiras, das 16h às 20h, na OBORÉ.  Quem não puder comparecer, receberá a avaliação por email.


Programação

Palestrantes
 Datas
 Horário
Entrega da matéria
 Prof. Dr. Manoel Carlos Chaparro
 6/5/06
 10h às 13h
-
Prof. Dr. Ricardo Amorim
 13/5/06
10h às 13h
 16/5/06
Dr. Frederico Bussinger
 20/5/06
10h às 13h
 23/5/06
Dr. Elci Pimenta
27/5/06
10h às 13h
30/5/06
Tenente Arruda ***
 3/6/06
 10h às 13h
 6/6/06
Prof. Dr. Adib Jatene
10/06/06
10h às 13h
13/6/06
Caco Barcellos
17/06/06
10h às 13h
 *** A confirmar        


Depoimento de André Azevedo da Fonseca
       


Grande Sergio Gomes, Ana Luísa, colegas da Oboré e estudantes do 
Repórter do Futuro

 Em 2003 fui aluno no projeto Repórter do Futuro, e muitas coisas
 estalaram na minha cabeça. Imaginem só: eu, um mero estudante de
 jornalismo de uma cidadezinha do interior chamada Uberaba, realizando
 entrevistas coletivas com Eugênio Bucci, João Pedro Stedile, Luiz
 Gonzaga Beluzzo, Mino Carta, entre outros figurões! Quem diria! Fiquei
 grandão!

 Além de todas as discussões travadas com esses caras, um dos
 princípios que mais mexeram comigo foi a própria atitude da Oboré,
 essa coisa meio punk, no sentido "faça você mesmo", mas sem
 improvisação. O ensino de Jornalismo está deficiente? Vamos selecionar
 bons alunos e contribuir na formação dessa geração. Assim, por vários
 motivos sou grato a Oboré, e a doação desses livros significam também:
 "muito obrigado".

 A história de "Cotidianos culturais e outras histórias" foi a
 seguinte. Faminto, desde o primeiro dia de faculdade passei a devorar
 aqueles livros que constam nas bibliografias e que nem os professores
 lêem. Tarado, escrevi em todas as edições do jornal-laboratório do
 curso, que era semanal, e cheguei mesmo a ser mal-visto por alguns
 colegas, porque isso sempre acontece quando a gente rompe aquele pacto
 secreto que hostiliza aqueles que tentam superar a média. Mas foi
 ótimo escrever muito. 

E escrever semanalmente parecia melhor do que
 escrever diariamente, porque dava tempo de pensar no tema, de
 reescrever o texto e de verificar com calma as informações.
 Mas a coisa foi ficando ainda melhor quando, iluminado pelas teorias,
 fui percebendo que os elementos mais interessantes da cidade estão
 escondidos sob a aparente banalidade do cotidiano. Vi que os fatos e
 as estruturas não se mostram por si próprios, mas exigem exercícios
 interessantíssimos de percepção, de interpretação e de tecitura da
 escrita. 

E quanto mais alcançava essa cidade invisível, mais os textos
 tornavam-se universais. Além disso tudo, percebi também que não
 adiantava apenas escrever: era preciso ser lido. E não ser lido apenas
 para ser esquecido amanhã, pois um texto relevante não é feito para
 ser descartável. Ou seja: eu queria um livro.

 Eu mesmo selecionei os textos, diagramei, imprimi o livro
 artesanalmente e passei para uns 20 professores, insisti com a
 Pró-reitoria de Extensão dezenas de vezes, fui até o reitor (que me
 conhecia de nome por causa dos artigos e reportagens no jornal), até
 que me disseram: a editora não está ativada.

Evidentemente, isso não era um problema, porque o que está desativado
 pode ativar-se. Insisti e aborreci tanto que, para livrar-se de mim,
 me disseram: vamos mandar seu livro para quatro pareceristas independentes;
 se eles toparem, publicamos. Os pareceristas demoravam para responder: fui
 atrás de cada um deles para pedir que lessem. Até que os pareceres foram
 chegando e todos recomendaram publicação.
 Isso tanto é verdade que eis aí o livro em suas mãos.
 Assim como a Oboré, fiz eu mesmo. (É claro que a Oboré é melhor que
eu, porque faz para os outros, mas essa é outra história...) Se o
 jornalismo da minha cidade não está bom, que eu seja petulante para
fazer melhor. A idéia é essa.

 Chega. O Sérgio Gomes me pediu algumas linhas, e já se foram muitas.
 Abraços a todos, e continuem investindo em sua inteligência. Avante!

André Azevedo da Fonseca
     
        
 
 
 
   
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