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  Debate internacional aponta caminhos para rádios comunitárias

  06/03/2006

Um debate via e-mail sobre o impacto das rádios comunitárias nos países em desenvolvimento envolveu 50 participantes de mais de 20 países entre 23/1 e 17/2. Ele foi realizado pela id21, instituição dedicada à divulgação da pesquisa sobre o desenvolvimento internacional realizada no Reino Unido, mantida pelo governo inglês e sediada na Universidade de Sussex. O documento final, com o resultado da discussão, será publicado até o final de março, mas uma compilação de contribuições realizada por Freida M´Cormack, editora de Desenvolvimento Urbano e Rural da id21, aponta alguns dos problemas e possíveis estratégias para superá-los. Veja abaixo os principais deles.

As informações completas, em inglês, estão disponíveis no site do id21 http://www.id21.org/communityradio/


Questão de gênero

Problemas
– O gênero é um fator de diferenciação no acesso à informação, inclusive no meio radiofônico. As mulheres têm menos tempo para ouvi-lo e estão alijadas do controle sobre as fontes de informação.
– A mídia ainda é dominada por homens e eles são, em geral, os donos das estações de rádio

Estratégias
– Conceder rádios a grupos e ONGs mantidas principalmente por mulheres
– Colocar as mulheres “no ar”, destacar suas contribuições para a comunidade
– Procurar representação equânime de homens e mulheres e evitar antagonismo entre as partes
– Criar associações de ouvintes com grupos de interesses específicos para estimular discussão comunitária sobre temas relevantes, como a questão de gênero

Formação de redes

Problemas
– A formação de redes permite a geração e o compartilhamento de recursos, programas, troca de conhecimentos. Redes nacionais, regionais e internacionais são cruciais para a sustentabilidade das rádios e a defesa do direito de comunicar. Entretanto, a dedicação a essas atividades externas podem comprometer o tempo destinado às questões específicas da comunidade.

Estratégias
– Refletir sobre o papel das redes nacionais no desenvolvimento do movimento de radicom
– Considerar que uma rede forte facilita a obtenção de legislação para as rádios comunitárias e elas se torna mais difícil silenciá-las

Idioma

Problemas
– Discussões como essa se tornam excludentes por conta do uso dominante do inglês
– Experiências latino-americanas seriam grandes contribuições, mas não chegaram por conta da barreira da língua

Estratégias
– Traduzir os resumos para o espanhol
– Identificar recursos para financiar a tradução para outras línguas
– Realizar esforço entre as pessoas que trabalham com comunicação para aprender espanhol

Relação entre rádios, doadores e público

Problemas
– A visão e a opinião da comunidade sobre a rádio depende do quanto ela participa da estação
– as rádios iniciadas por comunidades e as estabelecidas por doadores ou ongs não são necessariamente coisas diferentes, opostas: as comunidades podem procurar suporte e financiamento externo para construir as emissoras, mas é preciso considerar que os interesses e necessidades dos patrocinadores (como as ongs) e das rádios podem ser diferentes e criar conflitos

Estratégias
– Para que o projeto de comunicação seja sustentável é preciso participar do desenvolvimento da comunidade, mantendo nela o local de controle da rádio
– Manter preocupação constante com a questão da credibilidade, considerando as expectativas dos ouvintes e dos financiadores
– Diversificar os meios de difusão se disponíveis (websites, fitas cassetes de programas populares, enquetes telefônicas) para reforçar a interação com a comunidade  - 

Fonte: E-Fórum nº 90 (newsletter do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação ) reportagem de Eduardo Lorea - 03/03/2006

 
 
 
   
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