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  IV Curso de Jornalismo em Situações de Conflito Armado
Terlânia Bruno
  11/10/2005

 Fotos: Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá

Michel Minnig, ao lado de João Paulo Charleaux, assessor de Comunicação do CICV e Sergio Gomes, diretor da OBORÉ 
Teve início no último sábado (08), o IV Curso de Jornalismo em Situações de Conflito Armado realizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha - CICV - e OBORÉ. Reunindo 20 participantes, o curso conta com o apoio da Faculdade Cásper Líbero, Universidade Metodista de São Paulo, Cursinho Inteligente, Escola de Comunicações e Artes da USP, Universidade Mackenzie, PUC-SP.

Participaram da atividade Michel Minnig, representante do CICV para Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, João Paulo Charleaux, assessor de Comunicação do CICV no Brasil e Fabiano Maisonnave, repórter da editoria Mundo da Folha de S. Paulo.

Charleux falou sobre as atividades do CICV no Brasil e o trabalho de promoção do Direito Internacional Humanitário (DIH), realizado em várias frentes. Uma delas, se dá em cooperação com as Forças Armadas através de apresentações e cursos em escolas militares e de preparação dos militares para Missões de Paz a outros países. 

Comitê trabalha também na formação de instrutores para que reproduzam os conhecimentos junto a policiais e que estes possam atuar dentro dos princípios do Direito Humanitário. "Não se trata de fiscalizar o comportamento da polícia, mas disseminar as normas do Direito Internacional Humanitário aplicáveis às Forças Policiais", afirma Charleaux. O objetivo do projeto é fornecer os meios necessários para que as normas que regem os poderes de polícia - uso da força, das armas de fogo, da captura e detenção - sejam integradas na instrução de todos os níveis hierárquicos da corporação.

A quarta edição do curso reúne 20 participantes que entrevistam os convidados após cada palestra
O CICV desenvolve ainda trabalho junto à mídia para a sensibilização sobre temas humanitários. Os cursos realizados em parceria com a OBORÉ se alinham com este propósito e visam oferecer a jornalistas e estudantes de jornalismo subsídios para melhor compreensão das situações humanitárias resultantes de conflitos armados, situações de tensões internas e distúrbios. 

Há 20 anos trabalhando no CICV, Michel Minnig diz-se preocupado com a situação no Brasil onde não há oficialmente uma situação de conflito armado, mas morrem por ano mais de 50 mil pessoas vítimas de violência. Ele reforçou, no entanto, que o papel do Comitê é a assistência em situações de conflito armado, trabalhando para que sejam respeitadas as normas internacionais que regulam o poder de força.

Para bem desempenhar esse papel, Minnig afirma que o Comitê preserva a neutralidade e a independência. "Os princípios da neutralidade e da independência garantem ao CICV ganhar a confiança das partes envolvidas no conflito facilitando o acesso aos interlocutores", afirma. A organização obedece ainda a outros princípios fundamentais que norteiam sua atuação no mundo: humanidade, imparcialidade, voluntariado, unidade e universalidade.

O repórter Fabiano Maisonnave realizou palestra na parte da tarde.  Aos 30 anos de idade, Maisonnave foi correspondente da Folha de S. Paulo em Washington e cobriu distúrbios no Haiti, Bolívia e Venezuela. Para ele, a imprensa brasileira cobre mal não só a América Latina, mas o próprio Brasil, "Um Estado grande como o Pará não tem cobertura dos jornais, assim como outras regiões do norte do país".

Na América Latina, ele cita o exemplo da Colômbia, o segundo maior país do Continente, que permanece desconhecido dos brasileiros. A crítica estende-se à imprensa internacional e ele aponta a crise mundial pela qual passa o jornalismo impresso como o fator determinante das falhas nas coberturas. "O Haiti vive uma situação desesperadora e pouco se fala sobre o que está acontecendo por lá. Há coberturas mas são descontinuadas, esporádicas", diz.

Antes da palestra de Maisonnave, foi exibido o documentário "A revolução não será televisionada", dos jornalistas irlandeses Kim Bartley e Donnacha O´Brian, sobre a tentativa de golpe no governo de Hugo Chávez, em 11 de abril de 2002.

No próximo sábado, realizam palestras o consultor jurídico do CICV e do Senado Brasileiro, o jurista Tarciso Dal Maso Jardim; e William Waack, apresentador do Jornal da Globo com experiência na cobertura de nove guerras, entre elas, Irã-Iraque, Líbano, Guerra do Golfo e Kosovo.

 
 
 
   
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