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  José Gregori participa do PR do Futuro
Terlânia Bruno
  09/05/2005

Presidente da recém-criada Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo - CMDH - José Gregori foi o convidado do último sábado (7) do Projeto Repórter Futuro que desenvolve o curso "Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter". De acordo com a metodologia do projeto, depois de falar por cerca de 40 minutos, Gregori concedeu entrevista coletiva aos 24 estudantes de jornalismo que participam deste módulo. 

Na palestra, Gregori destacou a importância dos Direitos Humanos como instrumento de civilização, democracia, participação e igualdade."A história da humanidade sai das cavernas e se afasta delas cada vez mais. Acho que um dos estímulos para essa marcha evolutiva tem sido os direitos humanos e continuará a ser ainda por muito tempo."


José Gregori, presidente da Comissão 
Municipal de Direitos Humanos: "Queremos 
influir nas políticas públicas"


O produto mais precioso dessa evolução, afirma, é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, criada em 1948, "um dos documentos capitais do Século XX e que representa a diversidade dos direitos humanos". Gregori orgulha-se de ser o único brasileiro a receber o Prêmio das Nações Unidas para a área de Direitos Humanos da ONU, em 1998, quando comemorou-se os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, distinção que ele afirma representar o reconhecimento internacional do avanço do país nessa área no pós-governos militares. 


E ele acompanhou muito de perto esse avanço. Depois da morte de Tancredo Neves, o país assinou todos os tratados internacionais referentes a Direitos Humanos. Criada a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, em 1996, Gregori foi nomeado para comandar a pasta. Também coordenou e foi co-autor da Lei 9140/95 (lei dos desaparecidos). Foi ainda Ministro da Justiça no governo FHC (2000/2002), Embaixador do Brasil em Portugal (2002/2003) e Coordenador Geral do Programa Nacional de Direitos Humanos (1996).


Atentos, estudantes acompanham palestra de José Gregori


Proteção aos menores

A CMDH, que recebe queixas e apelos de pessoas que sofrem desde violência policial a problemas decorrentes da falta de dinheiro, pretende, de acordo com seu presidente, "abrir janelas para os desmerecidos socialmente que não tem a quem recorrer." O objetivo é que a Comissão possa influir em políticas públicas que digam respeito aos Direitos Humanos. Uma das ações é o apoio à Campanha do Desarmamento.

Outro projeto importante que começa a ganhar contornos na CMDH enfoca as cerca de 400 crianças que fazem ponto nos principais faróis da cidade, seja pedindo esmola, vendendo produtos ou ensaiando movimentos circenses. Por trás delas, há sempre um adulto tirando proveito dessas atividades. Em desenvolvimento com a Secretaria de Assistência Social, o projeto prevê a participação de ONGs que receberiam dinheiro, aquele que seria dados nos faróis, e se encarregariam de redistribuir entre as crianças. Os estudos para a implantação do programa terminam em meados de junho.

Pensa-se também num serviço de proteção aos menores que já tiveram contato com o narcotráfico, mas querem se afastar e não conseguem porque são ameaçados. A idéia é criar um mecanismo nos moldes do Serviço de Proteção à Testemunha, implantado na gestão de Gregori, na Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Gregori disse ter ficado muito impressionado com a atenção dos estudantes, gostou do nível das perguntas e aconselhou os futuros jornalistas a se prepararem sempre para as entrevistas, buscando antecipadamente informações sobre o assunto e o entrevistado.

Sobre sua participação no curso, Gregori afirmou: "Esse tipo de experiência criada pelo Sergio Gomes e amigos, é uma coisa importantíssima, um modelo a ser aplicado em outras profissões. Fiquei muito satisfeito, acho que não perdi tempo. Muita coisa que eu preciso fazer e algumas que preciso retificar ou intensificar nasceram das boas perguntas que os estudantes fizeram." 

Vanderley Dias Souza, coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Mackenzie, colocou o departamento à disposição para ajudar na criação da assessoria de imprensa da CMDH.

O módulo  "Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter" é coordenado pela OBORÈ e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

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