23/08/2004
“Nada mais emblemático que ter
nascido, do encontro entre OBORÉ e Intervozes, um curso em que se debateram os
impasses e as saídas para a comunicação, numa época marcada pelo risco da
barbárie – mas também pelo ressurgimento da utopia”, escreveu o jornalista
Antônio Martins, editor do portal Porto Alegre 2003, no prefácio do Cadernos
de Jornalismo nº 6, que registra o curso “A Comunicação e a
Redemocratização do Brasil”, realizado pela OBORÉ e pelo Coletivo Intervozes
entre os dias 1º e 4 de maio de 2003.
Produzida pelos membros do coletivo, a publicação
foi lançada no último dia 19, durante a Oficina de Validação do projeto GGP (Global Governance Project),
na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de
Janeiro.
O Cadernos traz a síntese das palestras e
ainda ensaios dos participantes acerca dos temas debatidos nos encontros. Entre
os palestrantes, estiveram presentes o jornalista Breno Altman, da revista
Reportagem; o analista político e consultor sindical João Guilherme Vargas
Netto; o jornalista Sérgio Buarque de Gusmão, crítico de mídia e diretor do
Instituto Gutenberg; Sergio Gomes, diretor da OBORÉ; Gustavo Gindre, diretor do
Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura; e Rodrigo Murtinho,
mestrando em comunicação na Universidade Federal Fluminense.
Participaram também o professor Venício de Lima,
autor de Mídia: Teoria e Política (Fundação Perseu Abramo) e titular
aposentado pela Universidade de Brasília, e o professor de comunicação da
Universidade de Sergipe, César Bolaño.
Divididos
em quatro capítulos temáticos, os textos
discutem a imprensa e os movimentos sociais durante o processo de
redemocratização do Brasil e nos dias de hoje, as lógicas que regem a
comunicação no Brasil desde a época da ditadura, a conjuntura internacional
e seus reflexos no país e como a reestruturação capitalista está
interferindo nas comunicações. Ao final de cada capítulo há sugestões
de pautas sobre o tema e bibliografia.
Com a capa ilustrada com desenho de Fortuna e
as páginas internas com ilustrações de Laerte, a publicação traz, ainda, uma
resenha do filme Muito Além do Cidadão Kane (Simon
Hartog, 1992) e uma homenagem ao professor Jair Borin, que havia falecido
dias antes do início do curso.
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