28/11/2003
Bauru, no interior paulista,
sediou, nos dias 21 e 22 de novembro a segunda edição do Seminário Onda
Cidadã: Radiodifusão, Cultura e Educação
, promovido pelo Itaú Cultural com
o apoio da OBORÉ Projetos Especiais e da Universidade do
Sagrado Coração.
Como o primeiro, que ocorreu em São Paulo dois
meses antes, a proposta foi debater a interface entre rádio, cultura e educação,
considerando a emissora como um instrumento de cidadania. Mas desta vez o
destaque foi o diálogo com as experiências locais: nas três mesas redondas, o
palco foi dividido entre palestrantes da região ou da própria cidade e
representantes da capital paulista.
A programação foi aberta na noite da sexta-feira,
21 de novembro, com o filme de Helvécio Ratton, Uma Onda no Ar,
que dá uma boa amostra do universo das rádios comunitárias. O longa foi baseado
na história da Rádio Favela, de Belo Horizonte, e conta como um grupo de jovens
decidiu criar uma rádio comunitária na favela onde morava, mesmo sem dinheiro e
sendo perseguido pela polícia.
No sábado, foram três mesas redondas, mediadas pelo
diretor da OBORÉ Projetos Especiais, Sérgio Gomes. A primeira, Rádios
Cidadãs: Experiências de Dois Casos, contou com a presença de Geronino
Barbosa de Souza, diretor da Rádio Heliópolis, situada na favela de mesmo nome
em São Paulo, e Carmem Regina Silva, coordenadora diocesana das rádios
comunitárias da paróquia de São Carlos / SP. Eles falaram sobre a história das
emissoras que coordenam, seu papel na comunidade e as dificuldades que
enfrentam.
Na parte da tarde, o debate Música Brasileira
nas Ondas do Rádio teve a participação de Aquiles Reis, músico integrante
do grupo MPB 4; Fábio Fleury, diretor da Rádio Unesp de Bauru; e Lígia Carvalho
Almeira, representando a rádio Véritas, também de Bauru. Os palestrantes falaram
sobre o compromisso do rádio com a cultura e a educação musical, explorando a
experiência das duas emissoras participantes, ambas educativas.
Finalmente, na mesa-redonda Panorama das
Práticas de Educomunicação, que encerrou o evento, o palco foi dividido por
três especialistas no tema: Adilson Citelli, professor da Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo; José Misael Ferreira do Vale, professor do
Departamento de Educação da UNESP, campus de Bauru; e a professora Alexandra
Bujokas, coordenadora do curso de especialização em Educomunicação da
Universidade do Sagrado Coração.
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