17/09/2003
Diante da mudança da
presidência do INCRA vimos a público manifestar que:
1. A mudança da presidência do INCRA faz parte da
natureza do governo e é de sua responsabilidade escolher os servidores em cada
função, já que são cargos de confiança. Manifestamos nosso respeito pelo
presidente demissionário.
2. O MST sempre manteve e manterá sua autonomia em
relação ao governo.
3. Defendemos a necessidade de uma Reforma Agrária
como política prioritária de governo. O povo elegeu o presidente Lula para fazer
mudanças no atual modelo agrícola.
4. Defendemos uma Reforma Agrária que seja um
instrumento para resolver os graves problemas do desemprego, da fome e da
pobreza no meio rural.
5. Para isso precisamos de uma Reforma Agrária
popular, que represente a democratização do acesso a terra com a desapropriação
de todos os latifúndios improdutivos, conforme determina nossa Constituição
Federal. Defendemos a implantação de agroindústrias casadas com a Reforma
Agrária, a democratização da educação no meio rural e um novo modelo tecnológico
e de assistência técnica, adequado à agricultura familiar e cooperativada.
6. Os compromissos históricos do Partido dos
Trabalhadores e demais partidos de esquerda que ganharam as eleições, e do
próprio presidente Lula, expressos em Vida digna no campo, documento de
campanha, coincidem com nossa proposta de Reforma Agrária e temos confiança que
continuam vigentes.
7. Esperamos que o governo adote as medidas
necessárias, quer sejam orçamentárias e/ou administrativas, para que a Reforma
Agrária seja de fato, uma prioridade.
8. De nossa parte, como movimento social,
seguiremos com nossa tarefa principal, que é conscientizar e organizar os
trabalhadores para seguir lutando pela Reforma Agrária.
São Paulo, 3 de setembro de 2003
Direção Nacional do MST
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