22/08/2003
Quem tem filho menor de 5 anos
tem compromisso marcado para este sábado, dia 23. Deve levá-lo a um posto de
vacinação para tomar a gotinha contra a poliomielite. Nessa data, acontecerá a
segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio, doença mais
conhecida como paralisia infantil.
A expectativa da Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS), do Ministério da Saúde, é vacinar mais de 17 milhões de crianças. Para
isso, serão mobilizados mais de 443 mil servidores e voluntários distribuídos em
139 mil postos em todo o país. Para que os municípios de difícil acesso não
corram o risco de não vacinar suas crianças, o Sistema Único de Saúde (SUS)
colocará em campo 40 mil veículos, 10 aeronaves e 2,5 mil
embarcações.
Na primeira etapa da campanha, em 14 de junho,
foram vacinadas 16,79 milhões de meninos e meninas. Isso representa a cobertura
de 98,3% do total de crianças menores de 5 anos, índice superior aos 95%
recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde investiu R$ 41,1 milhões para
realizar a campanha de 2003. Desse total, R$ 12,5 milhões foram repassados aos
estados e municípios para a operacionalização das duas etapas. Nessa segunda
fase, o investimento foi de R$ 14,3 milhões, sendo R$ 9,3 milhões para a compra
de 29,5 milhões de doses da vacina e R$ 5 milhões destinados à publicidade.
A vacina contra a pólio deve ser tomada por todas
as crianças menores de 5 anos, mesmo que estejam com tosse, gripe, coriza,
rinite ou diarréia. Não existe tratamento para a pólio, somente a prevenção, por
meio da vacina, garante que a pessoa fique livre da doença. Apesar de o Brasil
não ter registro de casos desde 1989, é importante manter campanhas de vacinação
anuais, em duas etapas, porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser
reintroduzido no País, já que sua circulação ainda ocorre em cerca de sete
nações.
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