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  Presidente da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação visita o Rio
Terlânia Bruno
  20/06/2003

O presidente da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), Adama Samassekou esteve no Rio de Janeiro nos dias 12 e 13 de junho, onde participou do Seminário Internacional Sociedade da Informação, realizado pelo Governo do Estado em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.
 
Em entrevista à Rits (Rede de Informações para o Terceiro Setor), Samassekou falou sobre o debate entre a sociedade civil, setor privado e governos em torno do evento cuja primeira parte acontece em Genebra, Suiça, nos dias 10 a 12 de dezembro.
 
Para ele, uma das coisas mais importantes no processo de preparação e na própria Cúpula é a construção da parceria entre governos, sociedade civil, setor privado e organizações inter-governamentais. "Porque eu acho que temos uma oportunidade única agora de realmente usar todo o fantástico potencial que temos, todos estes parceiros, para construir a Sociedade da Informação, que não deve ser outra senão uma sociedade de conhecimento compartilhado (...) E, no processo, nossa maior preocupação é como criar as condições para que todos estes atores (governos, setor privado, organizações inter-governamentais, sociedade civil) tenham seu espaço e assumam seus papéis".
 
Samassekou sugere que os membros da sociedade civil procurem contar com o apoio de seus governos na apresentação de suas propostas. "Eu sei que existem dificuldades, mas há diversos governos que levarão em consideração as propostas de membros da sociedade civil de seus países. É muito trabalho, pois a questão agora é aproveitar a oportunidade, de expressar os objetivos, de apresentar as considerações".
 
Sobre a possibilidade de criação de um fundo para apoiar projetos de inclusão digital em países pouco desenvolvidos, Samassekou afirma que possivelmente em Túnis, onde acontecerá a segunda parte do evento, em 2005, haverá um capítulo para a Solidariedade Digital. De acordo com ele, uma das fontes para criar este fundo pode ser reavivar o fundo público para o desenvolvimento, que receberia 0,7% do produto interno dos países desenvolvidos, conforme decisão da Conferência das Nações Unidas sobre Trabalho e Desenvolvimento, realizada em 2002 em Montreux.
 
Samassekou afirma ainda que a Cúpula não é sobre novas tecnologias e, sim, sobre o desenvolvimento humano, sobre como utilizar as novas tecnologias para acelerar o alcance dos objetivos humanos. "Então, com essa grande idéia do fundo podemos conjugar uma série de fatos, pois, para que você possa se desenvolver, é preciso que você esteja vivo, daí a importância de um fundo contra a Aids. Para que você possa produzir, é preciso que você não tenha fome. Daí ser importante o fundo que servirá para erradicar a fome. Para que você possa ser um ator responsável, é preciso que você tenha acesso ao conhecimento. É preciso, então, o acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento das relações".
 
A entrevista completa pode ser lida no site da Rits - www.rits.org.br
 
 
 
   
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