Povos de todo o mundo
se preparam para repetir, no próximo sábado, os atos contra a guerra que
marcaram o dia 15 de fevereiro passado, quando centenas de milhares de pessoas
foram às ruas para dizer não ao ataque dos Estados Unidos ao Iraque. Em São
Paulo, está prevista uma grande marcha saindo da Avenida Paulista em direção ao
Parque do Ibirapuera, promovida pelo Comitê São Paulo Contra a Guerra. A
concentração está marcada para as 15 horas, em frente ao MASP.
A OBORÉ, que coordenou o ato PARAR A
GUERRA, PARAR PELA PAZ, no dia 15 de fevereiro, quando por
meia-hora, pararam as empresas e entidades do prédio de número 454 da Rua
Rego Freitas, no centro de São Paulo, junta-se ao movimento mundial pela PAZ e
sugere que cada um, a seu modo, se manifeste em favor da paz e contra a
guerra.
O MST também participa
do ato deste sábado e sugere, em convocatória que divulgamos a
seguir, que as manifestações sejam em locais simbólicos, como as empresas
norte-americanas.
Convocatória
do MST
" Em
1º de março, representantes de diversos países do mundo participaram
da
Conferência Internacional contra a Guerra. Eles se reuniram em
Londres para
avaliar as ações de 15 de fevereiro e pensar em novos atos
para impedir que
o ataque ao Iraque aconteça.
A seguir, leia a declaração firmada pela
Conferência:
´ Após o êxito sem precedentes do dia
internacional contra a guerra, em 15 de fevereiro, anunciamos uma escalada de
ações nas próximas semanas para tentar parar a guerra. Nós acreditamos que a
guerra contra o Iraque é injusta com ou sem Resolução do Conselho de Segurança
da ONU.
Haverão ações diretas sobre instalações militares e para parar
o transporte de efetivos militares. Serão realizadas
pressões sobre parlamentares e representantes da ONU, greves estudantis e
ocupações, ações nos locais de trabalho, criação de assembléias e consultas
populares contra a guerra. Nestes momentos, cada dia é crucial para parar a
guerra.
Em muitos países foram convocadas importantes manifestações
coincidindo com 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Muitos países
convocarão manifestações, protestos e ações de desobediência civil em 15 de
março, em solidariedade com a Marcha de Washington até a Casa Branca. Na Europa,
a data coincide com a reunião em Atenas, da Cúpula dos Ministros de Defesa da
União Européia.
Em 21 de março , em todos os países do mundo onde seja
possível, será um dia de ação solidária dos trabalhadores e trabalhadoras contra
a guerra, com a realização de assembléias e variadas formas de ação. Em alguns
países, estão se preparando greves, gerais ou parciais, contra a guerra. Se pede
aos sindicalistas de base que multipliquem seus esforços para que os
trabalhadores desenvolvam todas as iniciativas ao seu alcance contra a guerra, e
aos sindicatos, seu apoio na convocatória de greves e mobilizações.
Avisamos aos governos que estão preparando a guerra de que, se ignoram
a opinião do mundo e lançam um novo ataque contra o Iraque, se encontrarão
com a mais firme das resistências. No dia do ataque convocamos protestos
no centro de cada cidade e em cada povo do mundo. No sábado seguinte, acontecerão
manifestações massivas em cada capital do mundo. Desta forma, pedimos
para que cada pessoa, em qualquer parte do mundo, faça tudo o que seja possível
para parar esta injustificável guerra´ .
Nosso pedido
Diante dos acordos realizados entre os comitês e movimentos
sociais de todo o mundo e sabendo que só o povo unido pode parar essa guerra, o
Brasil também precisa dizer não à Guerra. Desta forma, e sugere que em todos os
locais, nas ruas, igrejas, universidades, as pessoas se reúnam para preparar
manifestações em 15 de março. sugere que as mobilizações sejam em locais
simbólicos, como as empresas norte-americanas.
Vamos fazer manifestações no maior número possível de cidades
e comunidades do interior. Pedimos também para que esta convocatória seja
divulgada no maior número possível de veículos de comunicação, para que possa
atingir o maior número de pessoas".