09/01/2003
De acordo com a Associação
Bolívia-Brasil - BOLBRA – existem hoje em São Paulo cerca de 80 mil bolivianos
vivendo em situação precária, muitos deles trabalhando em regime de quase
escravidão, explorados por donos de confecções de roupas da região do Brás e Bom
Retiro. Como a maioria desses imigrantes está ilegalmente no país, por
necessidade, acabam se submetendo a trabalhar em condições subumanas.
Uma rádio comunitária, onde a BOLBRA tinha um
programa voltado para a comunidade boliviana foi fechada em novembro pela
Polícia Federal. Sem voz, isolados e com medo de andar livremente pelas ruas,
esses milhares de bolivianos são alvo fácil para a ação de empresários
inescrupulosos.
Para falar sobre o está ocorrendo com a comunidade
boliviana em São Paulo, a diretoria da BOLBRA estará na OBORÉ no próximo
sábado, dia 11/01, das 10h00 às 11h30, onde será recebida por
entidades que há dois anos se mobilizaram para a criação de um anteprojeto de
lei (que deu origem ao PL 145/01) propondo que o poder local decida sobre o
funcionamento das rádios comunitárias. Hoje, as outorgas são dadas pelo
Congresso Nacional.
Além dos representantes dos gabinetes dos vereadores
Carlos Néder (PT) e Ricardo Montoro (PSDB), autores do projeto de lei 145/01,
estarão presentes representantes da Biblioteca Monteiro Lobato, do Sindicato dos
Jornalistas/SP, do Edifício Copan, da Faculdade de Saúde Pública/USP, da Rádio
Heliópolis e da Associação Casa do Migrante.
A reunião se dará na Sala Aloysio Biondi, da OBORÉ –
Rua Rego Freitas, 454 – 8º andar – V. Buarque – São Paulo. Mais
informações: tel (11) 3214.3766 – email: obore@obore.com
|