08/10/2018
Para comemorar suas quatro décadas de existência, o Centro Acadêmico Vladimir Herzog (CAVH), da Faculdade Cásper Líbero, preparou uma semana inteira dedicada a relembrar a importância simbólica do jornalista, morto em 1975, vítima da ditadura civil-militar brasileira.
Com a presença de Clarice e Ivo Herzog, viuva e filho mais velho de Vlado, Sergio Gomes, jornalista e diretor da OBORÉ, Raquel Moreno, fundadora da primeira revista feminista do Brasil e colega de trabalho de Herzog, e de Rivaldo Novaes e Laerte Sumor, fundadores do CAVH, a mesa de abertura buscou relembrar quem foi o jornalista e o histórico de lutas da comunicação durante o período da ditadura.
O jornalista Pedro Ortiz, mediador da mesa, destacou que não só a memória afetiva - apresentada por Clarice e Ivo - foi apresentada, como também os desdobramentos de todos o processo de investigação relacionados à morte de Herzog.
Na ocasião, Sergio Gomes trouxe um fac símile da edição do jornal A Unidade, produzido pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, que traçava as circunstâncias da morte do jornalista. Assim como a relação de nomes, posteriormente conhecida como a lista dos 1004, com as assinaturas dos jornalistas que se posicionaram contra a falsa informação de que Vladimir Herzog havia se suicidado e não brutalmente assassinado, como de fato aconteceu.
A presidente do CAVH Thais Chaves também apontou que a programação serviu para traçar um paralelo entre a militância em prol da comunicação no período militar e a militância existente agora. Para ela, todos os convidados da mesa são, cada um à sua maneira, muito simbólicos e ditaram “o tom” que a organização gostaria de passar. Chaves destaca que Gomes é uma figura emblemática, “que não se deixa esquecer o que aconteceu há 40 anos” e isso é importante para manter viva a memória daquele período.
Confira a progrmação
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