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19/09/2018
Não estamos sós. A possibilidade de encontrar outros estudantes com o mesmo nível de interesse jornalístico pelo tema do direito internacional humanitário foi uma das características mais citadas durante encontro de encerramento do 17º Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflitos Armados e Outras Situações de Violência. A reunião aconteceu no último sábado, 15, no escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em São Paulo. A instituição é parceira da OBORÉ há dezessete anos na realização deste módulo do Projeto Repórter do Futuro (PRF).
Na avaliação, os participantes relataram suas percepções sobre o curso em geral e sobre cada um dos encontros deste ano: palestras seguidas de coletivas de imprensa sobre direito aplicável aos conflitos armados com o jurista Tarciso Dal Maso; sobre Normas Internacionais aplicáveis à função policial com o responsável técnico do Programa com as Forças Policiais e de Segurança do CICV, Paulo Roberto Oliveira, e um encontro sobre cobertura de conflitos com a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo.
Para muitos, o curso foi a primeira oportunidade de vivenciar o jornalismo na prática. A produção de reportagem, leitura e preparação para entrevistas, assim como maneiras de se portar em relação ao entrevistado, foram pontos altos do curso.
A turma deste ano foi composta por estudantes de jornalismo e de relações internacionais de diferentes faculdades do Brasil. O jornalista e professor Aldo Quiroga foi o coordenador deste módulo, que contou com atendimentos individuais dos jornalistas Ana Luisa Zaniboni Gomes, diretora da OBORÉ, Marina Atoji, gerente executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Ronald Sclavi, coordenador do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter.
"Fiquei muito feliz com o preparo da turma deste ano e com a evolução deles ao longo do curso”, apontou Diogo Alcântara, assessor de comunicação do CICV. Ele reforçou que os estudantes precisam sempre ter em mente que decisões “tomadas em gabinetes ou em uma esfera mais alta têm impacto direto na vida das pessoas, e isso deve ser refletido pelo jornalismo". O assessor também destacou que a cobertura deve sempre focar no lado humano, com “as pessoas em primeiro lugar”.
O módulo é realizado pela OBORÉ em parceria com o CICV e com o Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão em Políticas Públicas e Sociais (IPFD) e tem o apoio da Abraji.
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