03/07/2017
Mais de 70 pessoas compareceram ao evento que celebrou a vida de Vlado. Foto: Ruam Oliveira / OBORÉ
A praça que leva o nome do jornalista Vladimir Herzog, brutalmente assassinado pela ditadura militar em 25 de outubro de 1975, esteve em festa no sábado, 24/06.
Em comemoração aos 80 anos de nascimento do Vlado – como era conhecido pelos colegas – estudantes, artistas, amigos e familiares se reuniram na Praça, localizada na esquina da Rua Santo Antônio com a Praça da Bandeira, quarteirão da Câmara Municipal de São Paulo, para uma celebração à vida de Herzog.
O evento foi articulado pelo jornalista e diretor da OBORÉ, Sérgio Gomes, que tratou de reunir entidades e personalidades ligadas a defesa dos direitos Humanos. Entre os presentes estavam o teólogo Leonardo Boff, vindo a São Paulo para lançar quatro novas obras, Ivo Herzog, filho de Vlado, e Clarice Herzog, ex-mulher do jornalista.
“O Vladimir Herzog é uma referência simbólica de alguém que foi vítima da repressão (...) Estamos em uma situação semelhante hoje e devemos ter a mesma coragem que ele [teve] e não nos resignarmos”, disse Boff. O teólogo apontou que é preciso buscar alternativas “que honrem a memória dele [Herzog]” e deixem o país “orgulhoso de si mesmo”.
Audálio Dantas, que era presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo (SJSP) quando ocorreu o assassinato e que foi peça chave pna investigação também estava presente e relembrou momentos daquele dia 25 de Outubro.
A ocasião também serviu para o batismo da banca de jornais que passará a ser chamada “Banca Jornalista Vladimir Herzog”. Audálio ressaltou que a reunião não serviu apenas para inaugurar um novo nome para a banca, mas para, principalmente, festejar a vida do Vlado.
O evento também contou com música ao vivo, executada pelos músicos Toninho Carrasqueira, flautista e professor da USP e Emiliano de Castro, músico e compositor.
#SP64 e Vladimir Herzog antes de 1975
Na mesma manhã de sábado foi lançado o aplicativo #SP64, que aponta, por meio de geolocalização, locais de São Paulo que possuem ligação com a ditadura.
A graduanda em Jornalismo Caroline Simões lançou um pequeno livreto intitulado “A história não contada do jornalista Vladimir Herzog”. O texto apresenta produções jornalísticas do Vlado antes de sua morte e traz mostras de seu trabalho como repórter.
Confira a repercussão do evento em outros veículos:
Homenagem aos 80 anos de Vlado (TV Gazeta)
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