Nesta quarta-feira, 29 de março, os domicílios da grande São Paulo deixaram de receber o sinal analógico de TV e terão apenas o sinal digital disponível na TV aberta. Para continuar assistindo a programação, os televisores agora deverão estar equipados de conversores de sinal, caso contrário não serão capazes de exibir imagens.
Desde 2015, com a fundação da Seja Digital, entidade sem fins lucrativos criada pela iniciativa privada para gerenciar a migração de sinal, o Brasil vem caminhando para o fim da transmissão de TV como é atualmente conhecida. Em São Paulo, esta mudança já começou. Até o fim de 2018, quando a Seja Digital deixará de existir, todos os domicílios brasileiros deverão estar equipados para receber o sinal de TV digital.
De acordo com Cecília Zanotti, gerente regional da Seja Digital, a empresa tem, para São Paulo, 1,8 milhão de kits com conversores e antenas disponíveis para quem está incluso no Cadastro Único do governo federal. Para retirar o kit é necessário agendamento no
site da entidade. Em
oficina realizada pela OBORÉ no início de fevereiro, Zanotti apontou que uma das principais obrigações da empresa é garantir que, no mínimo, 93% dos domicílios estejam totalmente digitalizados até a data de desligamento, mas salientou que a intenção é que 100% dos lares sejam capazes de receber o novo tipo de sinal.
• Televisores que foram fabricados antes de 2012, de LCD ou de tubo, precisarão de conversor digital
• Caso o usuário não tenha direito a receber o kit gratuito entregue pela Seja Digital, os conversores e antenas podem ser encontrados em lojas de aparelhos eletrônicos
• Sem um conversor – embutido na televisão ou aparelho à parte – não será possível assistir aos canais da TV aberta.
Atualmente a faixa de 700MHz, ocupada pelos canais analógicos, está congestionada e por ser a melhor para operação do sinal de internet 4G, o governo federal decidiu leiloar o uso dela para operadoras de telecomunicações. As empresas TIM, Vivo, Claro e Algar venceram este processo de leilão e fundaram a Seja Digital para ser responsável por esta migração. Parte do aporte financeiro da entidade é proveniente deste processo.
Dentre as mudanças, o sinal digital permite melhor nitidez de imagem e qualidade de som. Além disso os usuários terão acesso a outras ferramentas como menu interativo, grade de programação, entre outras funções. Antônio Biondi, gerente de mobilização da Seja Digital, em
oficina para radialistas comunitários realizada em parceria com a OBORÉ no início de março, apontou que as emissoras também estão passando por um processo de adaptação e que os canais irão entrar na grade de programação aos poucos, inclusive após a data limite, dia 29.
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