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  Sessão Averroes de Maio reflete sobre qualidade de vida e sexualidade na velhice
Texto e fotos: João Paulo Brito
  30/05/2014



A Sessão Averroes de maio, realizada na Cinemateca Brasileira nesta quarta-feira (28), e que exibiu o filme “E se vivêssemos todos juntos?”, de Stéphane Robelin, discutiu a qualidade de vida e a sexualidade na velhice.

A Mesa de Reflexão esteve composta pela arquiteta e urbanista Rita Vaz, a médica e coordenadora geral de Políticas para Idosos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Guiomar Lopes, e a geriatra do Hospital Premier Angélica Yamaguchi, que coordenou a conversa.

“Para mim, esse filme mostra que as pessoas tratam os idosos como assexuados, como se não tivessem desejos”, afirma Guiomar Lopes.

Em trecho do filme, a personagem Jeanne, interpretada pela atriz Jane Fonda, pergunta ao jovem acadêmico Dirk (Daniel Brühl) se ele incluirá um tópico sobre sexualidade em sua tese sobre colônias de idosos na Europa. Debochada, ela ri do constrangimento do rapaz quando pede a ele que pergunte sobre sua vida sexual: “Não mantenho relações sexuais regulares com meu marido. Mas me masturbo bastante”, disse ela. Menos embaraçado, Dirk pergunta com quem Jeanne fantasia em seu sexo solitário. “Às vezes com velhos conhecidos, às vezes com jovens desconhecidos. Às vezes com meu amante”, respondeu para o espanto do rapaz.

Na opinião de Rita Vaz, o longa também ajuda a fazer uma distinção entre a qualidade de vida dos velhos europeus e os brasileiros. A urbanista ressaltou as dificuldades sofridas diariamente pelos idosos que vivem na periferia de São Paulo e que dependem exclusivamente do Sistema Público de Saúde.

Para a arquiteta, que já foi Secretária de Planejamento do município de Mauá de 1972 a 1975, as soluções para uma melhor qualidade de vida desta população passam por incluir jovens para atuarem nos espaços de convivência de idosos, oferecer oportunidades para que estas pessoas mais velhas possam participar de forma ativa de forma contribuir com setores da sociedade e apostar em experiências que envolvam os bairros e comunidades.

Já para Guiomar Lopes, uma das criadoras da Universidade Aberta à Terceira Idade, apesar do envelhecimento populacional registrado em todo o país nos últimos anos, ainda há, na cidade de São Paulo, problemas que precedem questões relacionadas à velhice.

“Temos registros de bairros da extrema periferia paulistana, as chamada franjas, que apontam redução na expectativa de vida das pessoas. Então, nestes casos é preciso ainda que o poder público trabalhe para dar garantias de envelhecimento a esta população”, afirmou.

A Sessão ainda contou com a presença do jornalista e professor Manuel Carlos Chaparro, ganhador do Prêmio Averroes em 2012, que, sob aplausos, chamou a atenção quanto à necessidade de incluir os idosos nas discussões sobre o envelhecimento populacional da cidade e seus próprios interesses.

 
 
 
   
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