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  Kazuo Nakano discute habitação e urbanismo no Repórter do Futuro deste sábado (29/3)

  28/03/2014





O 7º Curso Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter recebe o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, diretor do Departamento de Urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, no sábado (29/3), para discutir o tema Habitação e Urbanismo em São Paulo
.

A palestra/conferência de imprensa começa às 9h, na Sala Oscar Pedroso Horta da Câmara Municipal de São Paulo, com transmissão on-line pelo Portal da Câmara.

Doutorando em Demografia pelo Núcleo de Estudos Populacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Estruturas Urbanas e Ambientais pela USP e pós-graduado em Gestão Urbana e Ambiental pelo Instituto for Housing and Urban Development (IHS), Nakano é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Trabalhou no Ministério das Cidades e no Instituto Polis.

Em entrevista à jornalista Evelise Grunow para a revista PROJETODESIGN nº 380, em outubro de 2011, Kazuo Nakano alertou sobre o que chamou de "processo avassalador de privatização do espaço público". Confira abaixo:

Quais as interfaces metropolitanas do município de São Paulo?

A região metropolitana é composta por 39 municípios. A nordeste a relação direta é com Guarulhos, a leste com Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos, a sudeste com Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema, a sudoeste com Embu-Guaçu, Taboão da Serra e Cotia, depois Osasco e a noroeste e norte há uma relação muito forte com Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato. Também o chamado ABCDOG, que é o ABCD [Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema] mais Osaco e Guarulhos, formou uma coroa metropolitana em torno de São Paulo, de altíssimo dinamismo urbano, econômico, imobiliário.

O modelo metropolitano prioriza uma cidade policêntrica?

Sim, cria vários polos de emprego. Hoje já existe muita gente da zona leste indo trabalhar em Guarulhos ou no ABC. Fatos como esse é que caracterizam uma metrópole. Tem de haver multipolaridades. E nosso grande desafio é aproveitar ao máximo, para o bem social, as terras produzidas em torno desses focos metropolitanos.

Fale um pouco sobre as atividades do Fórum Metropolitano de São Paulo.

Foi uma iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo, mas que ainda não chegou lá. Uma primeira tentativa de articular o Poder Legislativo municipal no contexto de uma visão metropolitana, pensando projetos integrados, mas eu diria que a coisa não pegou ainda. Acho que o Poder Executivo está um passo além, há hoje o projeto para integrar o trem com o metrô e com o sistema de ônibus, inclusive em termos de bilhetagem. Seria muito positivo termos o bilhete único metropolitano, basta ver o resultado da experiência com o bilhete único paulistano: houve a redução dos gastos com transporte no orçamento familiar e, assim, se reverteu a tendência de diminuição do número de usuários de ônibus em São Paulo. Mas o poder público tem que fazer a sua parte e cuidar para que a superutilização não deteriore o sistema. É aí que o município de São Paulo está falhando. A proposta era conjugar linhas curtas a linhas estruturantes, as primeiras nos bairros da periferia, alimentando as segundas, que fariam as conexões com o centro e com o quadrante sudoeste. Elas ocorreriam através de micro-ônibus, que circulam mais facilmente no truncado sistema viário dos bairros periféricos. Mas não houve o monitoramento público e a qualidade do serviço piorou muito.

Que instrumentos o cidadão tem para monitorar a gestão urbana de São Paulo?

Não são muitos os canais de divulgação das ações da prefeitura, mas acho sempre importante saber o que está acontecendo, por exemplo, nos conselhos de habitação e política urbana. É preciso estar conectado com as redes sociais dos moradores e das associações de bairro. E também se deve estar atento à midia de massa. É sempre bom saber o que está sendo feito concretamente. Esse conjunto de coisas é que ajuda a saber como a cidade está sendo governada, ou desgovernada.

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Fontes de informação
 

 

Sobre o curso

O curso, de complementacão universitária em jornalismo e gratuito, é realizado em parceria pela Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, OBORÉ Projetos Especiais e Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, e conta com o apoio das coordenações dos principais cursos de jornalismo da cidade de São Paulo. Conta com o apoio do SINPRO/SP – Sindicato dos Professores de São Paulo, Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Cátedra UNESCO de Comunicação, Hospital Premier/MAIS – Modelo de Atenção Integral à Saúde, NH Photos/Nivaldo Silva, IPFD – Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão em Políticas Públicas e Sociais, e da coordenação dos principais cursos de Jornalismo de São Paulo, além das revistas Samuel, Brasil Atual, Caros Amigos, Fórum, Imprensa, Le Monde Diplomatique Brasil, Piauí e do blog O Xis da Questão – Mídia, Jornalismo e Atualidade, do Prof. Manuel Carlos Chaparro.

 
 
 
   
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