Radialistas comunitários reúnem-se na OBORÉ para discutir cancelamento de contrato com Eletropaulo Texto e fotos: João Paulo Brito
15/01/2014
Dez representantes de rádios comunitárias estiveram, nesta quinta (9), no Centro de Imprensa/Redação-Escola da OBORÉ, para uma reunião sobre o cancelamento da veiculação de spots da AES Eletropaulo.
Em consenso, os radialistas nomearam a OBORÉ como representante para negociar a reversão da decisão com a agência Dim&Canzian, empresa contrata pela empresa de energia para a produção de peças publicitárias.
Estiveram presentes Divaldo Depret (Rádio Z FM), Ademar Bertoldo (Rádio Pérola da Serra FM), José Miguel Tartuci (Rádio Esplanada FM), Zé Eduardo (Rádio Cantareira FM), Glayson (Rádio Águia Dourada FM), Peninha (Rádio Nova Diadema FM), Lázaro Gomes de Oliveira (Rádio Cajamar FM), Jubismar Tadeu (Rádio Web Maria de Nazaré), Paranaense Farias (Rádio Alvorada FM) e Maria Rita Paes (Rádio Everest FM).
A Eletropaulo havia informado à OBORÉ, em dezembro, que optou por recorrer a duas emissoras comerciais “evangélicas” ao invés de continuar utilizando as atuais 17 rádios comunitárias para propagar seus spots relacionados à prevenção de choques em redes elétricas.
Já nesta quarta (8), a Dim&Canzian comunicou que “houve uma pesquisa encomendada pela AES Eletropaulo para o Instituto Datapopular e uma das vertentes que mais se destacou em termos de informação e cobertura geográfica em termos de veículos de comunicação foram as rádios, particularmente, chamadas ‘gospeis’ ou ‘evangélicas’.”
Devido a Lei 9.612, de 198, que proíbe as rádios comunitárias de venderem espaços publicitários e permite apenas o patrocínio sob a forma de apoios culturais, as emissoras têm grandes dificuldades para manterem-se financeiramente.
Depoimento de Maria Rita Paes, da Rádio Everest FM:
Depoimento de Paranaense Farias, da Rádio Alvorada FM: