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  Sessão Averroes reflete sobre a busca pelo perdão diande de doenças e da morte
Texto: João Paulo Brito | Fotos: Akira Tsukamoto
  30/10/2013



“História real”, filme do renomado cineasta David Lynch, foi a exibição da SESSÃO AVERROES de outubro, realizada na Cinemateca, no dia 15 (terça). Na sequência, foi realizada Mesa de Reflexão sobre a busca pelo perdão diante de enfermidades e da terminalidade da vida.

Como convidados, compuseram a mesa Silvana Tótora, docente nos Programas de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais e em Gerontologia do Departamento de Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), além de pesquisadora no Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (NEAMP), e Dalva Matsumoto, oncologista e paliativista, coordenadora da Assistência Domiciliária e da Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e diretora clínica do Hospital Premier.

O filme conta a história verídica de Alvim Straight, um velho fazendeiro de 73 anos que, em 1994, ao ver-se doente e ao saber da enfermidade de seu irmão, Lyle, com quem não falava há 50 anos, partiu em uma viagem de mais de 400 km, usando como veículo seu cortador de grama, no intuito de reatar a velha amizade, antes que fosse tarde.

O longa, lírico, com poucos diálogos e repleto de simbolismo, foi realizado a partir dos relatos das pessoas que Alvim cruzou durante sua jornada.

“É a trajetória de alguém que, diante de uma doença mortal, tenta recuperar a trajetória de sua vida, levantar todas as questões não resolvidas, pedir perdão pelo que fez e pelo que deixou de fazer e recuperar os desafetos que deixou pra trás”, ressaltou Dalva Matsumoto.

Mas, afinal, questionou-se Dalva, por que as pessoas só conseguem fazer um balanço sobre as prioridades de sua vida quando estão diante de algo que ameaça a sua existência?

Também sublinhando a importância da “faculdade de perdoar” levantada pelo filme, Silvana Tótora explica que “com o perdão, nos livramos da vingança, que, segundo Spinoza, paralisa nossa potência de agir e nossa força de existir”.

Adaptada a trabalhar com questões que relacionam mídia e gerontologia, Silvana abordou ainda, de forma crítica, o modelo do que seria a “boa” velhice, segundo os meios de comunicação.

Para Tótora, por influência midiática, a sociedade contemporânea está descostumada a ver e aceitar faces enrugadas e corpos envelhecidos. A seu ver, quando não ignorada, a velhice natural é considerada como um descuido, um defeito da natureza.

“O modelo de longevidade imagético divulgado pelas mídias é o do velho que não envelhece. Nem no corpo, nem no espírito”, completou.

O preconceito aos idosos, apontou a docente, é percebido neles próprios, quando afirmam que têm “idade avançada, mas são jovens de espírito”. “Aliás, o termo ‘velho’ foi substituído por ‘melhor idade’, ‘terceira idade’ e coisas do gênero”.

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Assista a íntegra da Mesa de Reflexão:


Sobre a Sessão Averroes

Atividade permanente da Cinemateca desde 2009, a SESSÃO AVERROES é fruto da parceria entre Cinemateca, Hospital Premier e OBORÉ.

As sessões acontecem na última terça-feira do mês, às 19h. A atividade propõe-se a refletir, examinar e debater a condição humana, a vida e sua terminalidade.

Esta SESSÃO conta com o apoio da Faculdade de Medicina de Itajubá, do Instituto Paliar e da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

 
 
 
   
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