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  Chaparro assume "Compromissos de Honra" ao receber Prêmio Averroes 2012 na Câmara Municipal de São Paulo
Fotos: João Paulo Brito
  17/09/2012

Abaixo, íntregra do discurso proferido  dia 17 de setembro pelo Professor Manuel Carlos Chaparro , no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, logo após receber o Prêmio Averroes 2012  das mãos do Dr. Adnan Salman.


"A cultura jornalística conserva e pratica há mais de um século um cacoete de “sabedoria” segundo o qual qualquer texto da narração jornalística deve começar pelo que é mais importante. Pensei em usar essa receita neste discurso. Mas, como decidir o mais importante, se tudo aqui, hoje, é para mim igualmente importante?

"Poderia começar, por exemplo, por exaltar a generosidade de um ser humano verdadeiramente incomum, não apenas pelo tamanho do corpo e do bigode, mas pela grandeza da alma e pelas virtudes do caráter. Um amigo sempre próximo e fraterno; um irmão sempre pronto para o exercício da solidariedade: um sonhador e realizador de sonhos; um compartilhador de alegrias  que adora espalhar felicidade, e que, também por isso, tenho a certeza, é a pessoa mais feliz neste Salão Nobre. Falo de Sergio Gomes que, secretamente,  faz hoje aniversário, para quem peço uma salva de palmas.


Em nome do Prêmio Averroes 2012 : ( do púlpito à esquerda para a direita ) dr. Kleber Lincoln Gomes , Faculdade de Medicina de Itajubá; dra Goretti Maciel, Instituto Paliar; jornalista e escritor Audálio Dantas; professor José Marques de Melo, Intercom e Cátedra Unesco de Comunicação; dr. Adnan Salman, Hospital Premier; professor Chaparro; sociólogo José Police Neto, Presidente da Câmara ; médico e vereador Gilberto Natalini; Senador José Luiz Del Roio; professor José Coelho Sobrinho, Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP; dra Dalva Matsumoto, Academia Nacional de Cuidados Paliativos; jornalista Ana Luisa Zaniboni Gomes, OBORÉ. Em primeiro plano, Troféu Averroes, criação de Jaime Prades .

"Depois desses aplausos, reparo que, pelo tal critério de importância, talvez devesse ter começado pelos agradecimentos – não tanto pelo Prêmio, que até certo ponto me incomoda, por anunciar méritos que não tenho. E se méritos existem, um Prêmio  Averroes não se agradece; honra-se!

"Agradecimentos são devidos, sim, aos que materializaram e me proporcionaram esta milagrosa oportunidade de compartilhar alegrias e vaidades com tantos amigos e familiares, gente que de mim faz parte. E para agradecer a todos e a cada um dos que pensaram e com trabalho e dedicação materializaram esta homenagem,  dirijo simbolicamente o meu MUITO OBRIGADO ao Dr. Samir Salman, cacique maior dessa tribo de idealistas.

"Entretanto, como editor do meu próprio discurso, penso agora que deveria ter dado tratamento de “o mais importante” ao próprio Prêmio Averroes, que acabo de receber – um galardão com  história de apenas quatro anos, mas com notável significado humanista.

"Embora curta no tempo, a história do Prêmio Averroes tem riqueza e quantidade de detalhes que exigem resumo. E como resumo, convém lembrar, prioritariamente, que a origem do Prêmio o vincula à identidade e às opções humanstas do Premier Residence  Hospital, que por opção e vocação se dedica inteiramente  ao estudo, às ideias, à práxis, à pesquisa e à difusão da medicina de cuidados paliativos. 

"Ou seja, no Premier, os pacientes são acolhidos, olhados e tratados como seres humanos dignos e livres, qualquer que seja a idade, o sexo, a etnia, a religião e a condição social.

"Está aí, na filosofia humanista dos cuidados paliativos, o primeiro e fundamental enlace  entre o hospital Premier e a qualidade de medicina exigida pelas premissas filosóficas de Averroes, que também era médico e professor de medicina.
O enlace deu-se em 2008, numa época em que o paliativismo ainda era olhado com desdém pela arrogância clássica da ciência médica tradicional.

"Para disseminar e ampliar a discussão sobre cuidados paliativos, e depois de rigoroso planejamento, o Premier promoveu, de 11 a 14 de setembro daquele ano, o 1º Ciclo de Cinema e Reflexão – Aprender a Viver, Aprender a Morrer.

"De forma multidisciplinar, e a partir da exibição de grandes filmes com histórias e temáticas da VIDA e da  MORTE, o Ciclo analisou e debateu essa nova especialidade de atendimento à saúde.


Primeiro, Chaparro faz agradecimentos " aos que materializaram e me proporcionaram esta milagrosa oportunidade de compartilhar alegrias e vaidades com tantos amigos e familiares, gente que de mim faz parte. "

"Nesse 1º Ciclo de Cinema e Reflexão, no atendimento a uma proposta do Dr. Samir, e para ser marca essencial do evento naquele e nos anos seguintes,, o  historiador ítalo-brasileiro e senador italiano José Luiz Del Roio concebeu o Prêmio Averroes, a ser entregue anualmente a um cientista reconhecido como pioneiro e compartilhador do conhecimento, em sua área de estudo e atuação.

"Por conta do talento do artista plástico Jaime Prades, ficou criação do Troféu, com o simbolismo dos conceitos e objetivos traçados para a honraria.

"Como primeiro agraciado, foi escolhido um dos mais notáveis precursores do paliativismo no Brasil. o professor Marco Túlio Figueiredo, doutor em patologia, organizador e ex-professor das disciplinas eletivas de Cuidados Paliativos e Tanatologia, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor titular do curso de Tanatologia e Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIt), além de membro fundador da International Association for Hospice and Palliative Care (Houston/USA).

"Nos três anos seguintes,  foram escolhidos, por consulta, três notáveis protagonistas da nossa área científica e educacional: em 2009, a pedagoga Ausônia Favorido Donato, de atuação marcante na área de educação formal e na saúde pública; em 2010, o médico, pesquisador e professor Luiz Hildebrando Pereira da Silva, de brilhante, generosa e corajosa carreira na área especializada da parasitologia, com passagem por algumas das mais importantes instituições brasileiras  de ensino e pesquisa, uma delas o Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais de Rondônia, que atualmente dirige. 

"Em 2011, foi laureada com o Troféu Averroes a pesquisadora, escritora e poetisa Ecléa Bosi, por sua contribuição aos estudos ligados à memória e enaltecimento à vida, e nessa contribuição se inclui a Universidade Aberta à Terceira Idade, projeto da Universidade de São Paulo criado por ela em 1994.

"E já que está quase tudo dito, encerro com a questão mais importante, que, esta sim, deveria ter dado início à minha fala: Será que mereço entrar nesse tão notável elenco de agraciados com o Prêmio Averroes ?

"Muitos me dizem que sim. Pessoalmente, penso que não.


Depois, Chaparro não deixa por menos : " Um Prêmio  Averroes não se agradece, honra-se ! "

"Mas já que me julgaram digno da honraria, faço o que me resta e devo fazer: perante vocês, que aqui vieram legitimar a outorga, assumo o compromisso de transformar sempre em escolhas e decisões de vida a convicção pessoal de que todas as pessoas são criaturas inteligentes, dignas e livres, e como tal devem ser tratadas e respeitadas. Do nascer ao morrer.

"Esse é o princípio fundante da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"No meu pensar, essa é a síntese da vida e da obra de Averroes.

"E esse é o juramento que aqui presto – como cristão, jornalista e professor. Como pesquisador. Como cidadão. E como Prêmio Averroes de 2012."
 
 
 
   
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