15/03/2012
César Ades, professor do Instituto de Psicologia da USP, morreu aos 69 anos nesta quarta-feira (14), vítima de traumatismos ocasionados por um atropelamento na última quinta-feira (8), nas proximidades da Avenida Paulista, em São Paulo. O corpo foi velado na manhã desta quinta-feira (15), na biblioteca do IP. O sepultamento aconteceu às 15 horas, no Cemitério Israelita do Embu.
Ex-diretor do IP, Ades era um dos maiores especialistas brasileiros em etologia e comportamento animal. Em fevereiro deste ano, deixou o cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. O professor também foi membro do Conselho Universitário da USP de1998 a 2004, do Conselho Deliberativo do Hospital Universitário (HU) da USP de 2000 a 2004 e do Conselho Curador da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) de 2004 a 2008.
Ades era membro do International Council of Ethologists, da International Society of Comparative Psychology e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Etologia (SBEt), da qual foi fundador. Editava, desde 1999, a “Revista de Etologia” e era membro do conselho editorial das revistas “Behavior and Philosophy” e “Acta Ethologica”.
Abaixo, o comunicado oficial do IEA-USP divulgado na manhã do dia 15 de março
É com imenso pesar que o IEA registra a morte ontem, 14 de março, do prof. César Ades, aos 69 anos, em decorrência de traumatismos ocasionados por atropelamento na quinta-feira passada.
Ades era uma personalidade de grande importância no meio acadêmico brasileiro, por sua estatura científica na área de psicologia experimental, alta competência e dinamismo como professor e também pelas suas atividades bem-sucedidas na gestão universitária. De fato, suas gestões à frente do Instituto de Psicologia, em dois mandatos, e, posteriormente, do Instituto de Estudos Avançados da USP foram marcadas por uma grande dedicação, eficiência, comprometimento e visão de futuro.
O Instituto de Psicologia, o Instituto de Estudos Avançados e a Universidade de São Paulo perdem, assim, um brilhante ex-aluno, professor, cientista e gestor, cuja ausência será muito sentida nas salas de aula, nos laboratórios, nas reuniões da Universidade, nos congressos brasileiros e internacionais e, talvez mais importante, nas nossas vidas, já que o César (como todos o chamavam) sempre tinha um sorriso e palavras agradáveis para todos, dos mais humildes aos mais graduados, dos mais próximos amigos (que eram muitos) aos que não conhecia.
15 de março de 2012
Direção do IEA |