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19/11/2011
Jornalistas e estudantes são premiados no 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos
Evento do dia 24 de outubro, no TUCA, contou com a presença de personalidades e prestou homenagem ao artista plástico Elifas Andreato, criador da estatueta que leva o nome de Vladimir Herzog
Jornalistas, autoridades e estudantes prestigiaram, na noite de 24 de outubro, no TUCA (Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), a 33º edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Trata-se de um tradicional evento jornalístico organizado há mais de três décadas pelos profissionais da comunicação e sociedade organizada: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Instituto Vladimir Herzog, Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, Associação Brasileira de Imprensa / Representação em São Paulo, Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo, Federação Nacional dos Jornalistas, Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, sendo recentemente incorporadas a UNIC/RIO - Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo e a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Na ocasião, também foram premiados os alunos cujas propostas de pauta foram selecionadas pelo júri do 3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão – atividade de estímulo à reportagem voltada a estudantes de Jornalismo e promovida pelo Instituto Vladimir Herzog desde a sua criação, em 2009.
A cerimônia, apresentada pela jornalista Maria Lídia Flandoli, teve início com discurso de Antonio Funari Filho, da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, em nome da Comissão Organizadora do Prêmio Vladimir Herzog. Em seu discurso de boas vindas, adiantou que o tema da Categoria Especial da edição 2012 do Vladimir Herzog será Direitos Humanos da Criança. “Com premiações como essas, garantimos os direitos fundamentais de todas as pessoas, e, principalmente, da criança”. Enaltecendo os 21 anos da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), brincou: “O ECA já está maior de idade”.
Gilney Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, também ressaltou a importância do Prêmio Vladimir Herzog para a manutenção dos Direitos Humanos. E alertou para a necessidade de outras ações, citando como exemplo o Projeto de Lei 88/11, que tramita no Congresso Nacional e, se aprovado, instituirá a Comissão da Verdade para apurar casos de tortura e violação aos Direitos Humanos entre 1946 e 1988.
Chamado ao palco para entregar os diplomas aos ganhadores do 3º Fernando Pacheco Jordão, Nemércio Nogueira, executivo do Instituto Vladimir Herzog , contou um pouco da história do jornalista que dá nome ao concurso, dirigindo-se principalmente aos futuros profissionais da área.
Antes dos vencedores do 33º Vladimir Herzog receberem seus troféus, o jornalista Sergio Gomes, diretor da OBORÉ foi chamado a coordenar a homenagem a Elifas Andreato, jornalista e artista plástico. Ao discursar para a plateia e, emocionado, falou das suas experiências na época da ditadura militar. “Fazer isso com um velho não pode”, brincou Elifas referindo-se à emoção de receber a versão especial da estatueta que ele próprio havia criado, há 33 anos, para homenagear seu amigo Vlado.
Assim, nome a nome, foram sendo chamados os vencedores de cada categoria do Prêmio. Neste ano, através de sorteio entre os vencedores, os jornalistas Weber Sian (vencedor na categoria fotografia) e Marcelo Bauer (Categoria Internet ) foram agraciados com uma viagem de estudos para os Estados Unidos para visita ao Museu da Imprensa Newseum.
Abaixo, um resumo da premiação de cada categoria.
3º Prêmio Jovem Jornalista
Melhores pautas estudantis recebem o 3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão
Edição: Amanda Belo
Texto: Caio Colagrande Castro
Fotos: Natália Lippo e Felippe William
Na noite de 24 de outubro, além da entrega de troféus aos ganhadores do 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, também foram premiados os alunos que venceram o 3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão.
Com o tema “Os oito objetivos do Milênio”, apenas dois trabalhos deveriam ter sido indicados. “Mas havia trabalhos tão bons que a Comissão Organizadora do Prêmio decidiu
premiar mais um grupo”, contou Nemércio Nogueira, apresentador do 3º Jovem Jornalista. Os estudantes receberão todo o suporte para redação e publicação de uma matéria sobre Direitos Humanos. Os autores da melhor reportagem viajarão para a Inglaterra em um encontro que discutirá os oito objetivos do milênio, traçados pela Organização das Nações Unidas.
Vencedores:
Universidade Católica de Pernambuco:Vanessa Cristina e Aline de Souza Silva
Prof.ª orientadora: Ana Maria Veloso
Mackenzie:Wagner de Alencar Silva e Bruna Christina
Prof.ª orientadora: Denise Cristine Paiero
Escola de Comunicação e Artes - USP: Bruno Lopez e Matheus Luiz Camillo
Prof.ª orientadora: Alice Mitika
Homenagem
Elifas Andreato, o Picasso das terras Tupiniquins
Edição: Patricia Ceolin
Texto: Caio Bibiano
Foto: Marcos Zaniboni (Oficina do Olhar)
Foi durante o emocionado discurso do jornalista Sergio Gomes, diretor da OBORÉ, que Elifas Andreato foi convidado a subir ao palco do 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos para receber o Prêmio Especial da noite. Nas palavras de Sergio pode-se ouvir e sentir uma homenagem ao artista que tanto batalhou contra a censura e a ditadura militar no Brasil.
O artista é merecedor das tantas homenagens e menções. Da música, da arte, do jornalismo, da vida. Por onde passou deixou sua marca de artista brasileiro e hasteou a bandeira da luta pelo combate à repressão. E foi na noite de 24 de outubro de 2011 que pôde receber esta homenagem, que traz à tona seus trabalhos que fizeram parte da luta pelos direitos humanos, valores éticos e democráticos no período ditatorial brasileiro.
O Picasso brasileiro, como fora comparado por Sergio Gomes, recebeu um troféu repleto de simbolismo. Sustentado sobre uma base de mármore, cedida pela Associação do Cemitério Israelita de São Paulo (local da sepultura de Vladimir Herzog) e com a mensagem: "A arte é amiga da Liberdade e os artistas sempre lutam por ela. Se a ditadura de Franco teve que encarar o Picasso, a nossa precisou encarar o Elifas", forjada no tradicional plaqueiro do bairro das Perdizes.
A história nos conta que Elifas veio de uma família simples, em uma pequena cidade do Estado do Paraná, Rolândia. Quando jovem veio a São Paulo tentar a vida. Na cidade a vida lhe sorriu, e neste sorriso estava a arte, a pintura, estava o que sabe fazer de melhor: reproduzir seus sentimentos com traços característicos e inconfundíveis.
Elifas trabalhou com grandes nomes da música popular brasileira. Por suas mãos foram feitas artes de discos de Chico Buarque, Adoniram Barbosa, Toquinho, Vinicius de Morais entre outros grandes mestres da música brasileira. Os traços suaves, que buscavam retratar os músicos, deram lugar às pinceladas de tom irônico presente em artes de peças teatrais de autores como Jean Paul Sartre e Shakespeare. Neste mesmo período, trabalhou como idealizador de importantes publicações como Movimento e Argumento. Além de desenvolver importante função na Editora Abril, como diretor de arte das revistas Cláudia, Manequim, Quatro Rodas e Realidade.
O Prêmio Especial concedido a Elifas Andreato faz jus à importância do artista durante o período do regime militar, e o transforma em uma das principais figuras que militaram na época, ao lado de seu amigo, Vladimir Herzog.
Vlado e Elifas, amigos, companheiros e heróis. Heróis de uma pátria e que jamais serão esquecidos por seus feitos a esta nação que lhes é imensamente agradecida.
Arte
Especulação imobiliária em Brasília vence na categoria Arte
Edição: Gabriela Arruda
Texto: Rodrigo de Brum
O grande vencedor da categoria Arte foi o ilustrador Fernando de Castro Lopes, do Jornal Correio Braziliense. Este é seu segundo prêmio Vladimir Herzog, desta vez com a charge intitulada “Sigilo ou vergonha?”. Em seu discurso, Lopes trouxe à tona a questão da especulação imobiliária no Brasil: “Em Brasília estamos enfrentando sérios problemas com a especulação imobiliária, e o cerrado brasileiro pode desaparecer”.
A menção honrosa coube a Samuel Rubens de Andrade, o Samuca, por seu trabalho “Chegou o Natal”, publicado no Diário de Pernambuco. Os jurados responsáveis pelas escolhas foram Gilberto Maringoni, Maurício Pestana e Marly Bolina.
Fotografia
Trabalho sobre reintegração de posse vence categoria Fotografia
Edição: Gabriela Arruda
Texto: Alexandre Arcari
Foto: Felippe William
O prêmio na categoria Fotografia foi para o jornalista Weber Sian. Seu trabalho, intitulado Expulsão, retratou o cumprimento do mandado de reintegração de posse de uma favela em Ribeirão Preto, por estar localizada em uma área particular. Weber recebeu o prêmio um pouco sem jeito, como ele mesmo alegou. O jornalista aproveitou para dizer que nunca tinha visto uma cena como aquela em que tirou a foto, de tamanha violência para expulsar uma moradora de sua casa. Reforçou a denúncia alegando que essa brutalidade tem que acabar.
Quem recebeu a Menção Honrosa foi Valdir Friolin com a série “Tragédia, ganância do poder público”, registrando no portal “Zero Hora”, de Porto Alegre (RS). A tragédia foi consequência das fortes chuvas de 22 de maio na região dos Vales e em Porto Alegre. O fotógrafo acompanhou e fotografou cenas de desespero de parentes, amigos e moradores das cidades de Novo Hamburgo e Igrejinha.
Jornal
Suplemento especial do Estadão recebe prêmio de reportagem
Por: Lígia Neves
Texto: Natalia Tozzo Seixeiro
Foto: Ana Carolina
O caderno “Guerras desconhecidas do Brasil”, publicado no jornal O Estado de S.Paulo, revelou que em 32 revoltas populares do século XX, 556 civis morreram. O trabalho de intensa pesquisa e profundo mergulho na história com duração de 17 meses, rendeu o prêmio da categoria Jornal do 33º Prêmio Vladimir Herzog à equipe formada por Leonencio Nossa (texto), Celso Junior ( fotografia), José Eduardo Barella, (edição), Fábio Sales (criação gráfica) e Farrel (ilustração).
“Ganhar este prêmio em um momento no qual os Direitos Humanos estão em baixa na política brasileira é muito especial para nós. Foi um trabalho em equipe”, destacou Leonencio. Na menção honrosa, pela mesma categoria, o destaque foi para a série “Infância à deriva”, reportagens sobre prostituição produzidas por Mauri König para o Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR).
TV Reportagem
Produção sobre a guerrilha do Araguaia premiada na categoria Reportagem
Edição: Gabriela Arruda
Texto: Alexandre Arcari
Foto: Marjorie Niele
A reportagem “Guerrilha do Araguaia” foi a vencedora do Vladimir Herzog na categoria TV Reportagem. O prêmio foi entregue por José Augusto de Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, para a equipe da ESPN Brasil. A matéria contou diversas histórias sobre os guerrilheiros do Araguaia, dentre eles o personagem Osvaldão – boxeador, engenheiro formado na Tchecoslováquia e mártir na guerrilha.
O troféu foi recebido por Marcelo Gomes, representante da equipe de reportagem premiada. “Lutei muito para a divulgação do material que produzimos, porque quase acabei morto em serviço no ano passado em Pernambuco”, disse emocionado. Marcelo trabalhou com Roberto Salim Gabriel e Maria Cristina Caparelli Pustiglione.
A menção honrosa foi entregue ao jornalista Gilberto Nascimento, que produziu a reportagem “Guerra na Selva”, juntamente com Rodrigo Vianna e Gilson Pedro Dias. O trabalho conta a história de três brasileiros que se juntaram a um grupo de guerrilha na Colômbia. As famílias, sem notícias dos jovens há anos, sofrem com a partida dos filhos e com a dúvida se ainda estão vivos. Na busca pelos brasileiros que fizeram parte da guerrilha, a reportagem do Jornal da Record conversou com o exército, polícia e moradores locais em busca de novas informações sobre os jovens.
Rádio
Com tema sobre racismo, Guaíba vence na categoria Rádio
Edição: Amanda Belo
Texto: Camila Teixeira
Foto: Felippe William
Tudo começou com a ligação do advogado Onir Araújo. Ele representava Helder Santos, estudante baiano que vinha sofrendo ameaças de morte por policiais militares, após denunciar agressões e atitudes de cunho racista feitas por PMs na saída de uma festa. Baiano de Feira de Santana, Helder cursava História na Unipampa e atuava como estagiário num projeto de ensino a jovens de comunidades quilombolas quando a situação de desenrolou.
Vencedora na categoria Rádio do 33° Prêmio, Marjuliê Martini, autora da reportagem “Racismo expulsa baiano do Rio Grande do Sul”, veiculada na rádio Guaíba, foi breve em seu discurso. Lembrou da importância da investigação no trabalho jornalístico e o erro que seria reprimir essa prática. “Discurso feito em evento realizado na semana passada, o governador do Rio Grande do Sul, Tardo Genro, disse que a imprensa investigativa tem de acabar. Temos de ficar atentos, pois outros governantes podem compartilhar do mesmo pensamento”, recordou.
Os jurados da categoria foram Milton Jung, Guilherme Alpendre e Dácio Nitrini. A reportagem “O Povo Cigano no Brasil” foi citada como menção honrosa. O trabalho é assinado por Celso Cavalcanti de Melo Junior, George Rodrigues Cardim, Larissa Bortoni Dias, Maurício Ribeiro de Santi, Pedro Henrique Costa e Lima e Rodrigo de Castro Resende, da TV Senado.
Categoria Especial
Trabalhos investigam descaso com o saneamento básico
Texto: Caio Colagrande Castro
Edição: Natalia Tozzo Seixeiro
A categoria Especial do 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos teve como assunto Coleta e tratamento de esgoto: um direito violado.
Na sétima maior economia do mundo, de acordo com o Atlas de Saneamento 2011, em um estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o tratamento de água e esgoto ainda sofre um vácuo, não só nas regiões Norte e Nordeste, mas também em áreas metropolitanas. Para ilustrar a situação, Joelmir Tavares, do jornal mineiro O Tempo, acompanhou durante duas semanas o dia-a-dia da população de cidades próximas à Belo Horizonte, inclusive a capital, e denunciou o precário estado em que os cidadãos vivem através da série de reportagens Saneamento Básico: um direito de todos.
O trabalho Tragédia no Rio dos Sinos: quatro anos depois, pouca coisa mudou, realizado pela Rádio Gaúcha 93.7 FM, recebeu a Menção Honrosa por evidenciar o atual descaso com a poluição do Rio dos Sinos que, em 2006, sofreu alto nível de oxidação, matando milhares de peixes e expondo a grave falta de fiscalização no despejo de lixo por parte de empresas.
A categoria teve como jurados Ricardo Voltolini, Andrea Vialli e Ana Herzog.
TV Documentário
ESPN Brasil é a grande premiada na categoria documentário de TV
Edição: Amanda Belo
Texto: Camila Teixeira
Foto: Ana Carolina
“Por trás de cada um desses rostos existe um segredo a ser esquecido. Um assunto tabu no Haiti: são os meninos e meninas conhecidos [...] Rest Avec. Traduzido: fique com vocês”. É com narração objetiva e cortante que o documentário “Haiti: O País dos Rest Avec”, do jornalista Lúcio José Mello Mattos de Castro, da ESPN Brasil, apresenta o cenário do Haiti, passado um ano desde o terremoto de 12 de janeiro de 2010. Os desafios colocados à frente são inúmeors, mas ainda podem encontrar soluções pontuais e factíveis se o “mundo humanitário” olhar para o Haiti com olhos verdadeiramente atentos e se o esporte for tratado como ferramenta de inclusão, a exemplo de outras potências olímpicas.
Premiado na categoria TV Documentário no 33° Prêmio Vladimir Herzog, realizado na noite do dia 24 de outubro no teatro Tuca, o jornalista Lúcio de Castro, representando toda a equipe da ESPN Brasil, lembrou da importância da premiação para o jornalismo brasileiro. Emocionado, resumiu em poucas palavras uma das mensagens escondidas nos pouco mais de 90 minutos do documentário: “Esse prêmio é pelo fracasso de todos nós”, pontuou em prantos, lembrando que a questão haitiana não se limita apenas aos 27.700 km² que delimitam o território do país caribenho, mas remete também à sociedade brasileira como um todo.
O documentário “Raio-X da Saúde no Brasil”, de Graziela Ferreira de Azevedo, Maria Cristina Angelini, Marislei Dalmaz de Maorais e Rogério Rocha, da TV Globo, também obteve menção honrosa na categoria TV Documentário. Pacientes que levam mais de oito horas até serem atendidos, médicos que não comparecem ao trabalho e hospitais que atendem acima de sua capacidade são alguns dos pontos abordados pelas jornalistas.
Os jurados da categoria foram Pedro Ortiz, Martim de Almeida Sampaio e José Coelho
Sobrinho.
Internet
Webdocumentário retrata a visão que moradores têm de si mesmos
Texto e edição: Caio Colagrande Castro e Camila Teixeira
Dirigido pelo jornalista Marcelo Bauer, o webdocumentário “Autorretrato”, vencedor na categoria Internet, conta a história de como os fotógrafos AF Rodrigues, Jaqueline Félix e Ratão Diniz, moradores dos bairros populares do Rio de Janeiro, vêem a sua realidade e o que podem fazer para mudá-la.
Bauer também foi sorteado para viajar para os Estados Unidos para conhecer o Museu da Imprensa, em Washigton (Newseum) e também a sede ProPublica, em Nova York, uma redação independente que trabalha com jornalismo investigativo. A viagem, segundo os organizadores do evento, objetiva estimular o desenvolvimento do jornalismo brasileiro.
“Emboscada e morte de extrativistas no Pará”, do jornalista Glauco Araújo, ganhou a menção honrosa da categoria. A série de matérias publicada no portal G1 deflagra a vida de extrativistas no Estado e os recorrentes conflitos com fazendeiros e policiais da região.
Revista
Matéria vencedora aborda o “politicamente correto”
Texto e edição: Caio Colagrande Castro e Camila Teixeira
Criada há apenas três anos, a revista Interativa foi uma das vencedoras do 33° Prêmio Vladimir Herzog com a reportagem “Inclusão: o que é ser normal?”, de Gisele Franchini e Tiago Luis Penteado. Ao longo da reportagem, os jornalistas discorrem sobre os discursos politicamente corretos de inclusão social e a sua prática de fato. “Nós somos formados há apenas cinco anos e ainda precisamos comer muito feijão com arroz para chegar perto dos jornalistas aqui presentes. Este é o nosso primeiro passo”, falou Gisele.
A menção honrosa foi para os jornalistas Solange dos Anjos Azevedo e Francisco Alves das Chagas, da semanal Isto É. Na matéria “O Brasil que ainda tortura” discorrem sobre as formas de tortura ainda praticadas no país.
Ouça também nossa cobertura em áudio
CENÁRIOS
- Sobre a cerimônia
Repórter: Camila Miranda
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- A apresentadora e os presentes
Sonora de Maria Lídia.
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- Entrevista com Marly Bolina, artista plástica que venceu o concurso que escolheu o cartaz ilustrativo do 33º Prêmio Vladimir Herzog.
Repórter: Camila Miranda
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- Entrevista com as três duplas ganhadoras do 3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão para saber mais sobre seus projetos.
Repórter: Camila Miranda
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MENÇÕES HONROSAS / CATEGORIAS
Fotografia
Quem é o vencedor e o título.
Repórter: Marcella Tollendal
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Entrevista
Na categoria FOTOGRAFIA temos o tema “Tragédia, ganância do poder público” recebendo a menção honrosa da noite. Projeto de Valdir Gomes Friolin do zerohora.com.br.
Repórter: Camila Miranda
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TV Reportagem
Entrevista
A história de três brasileiros que se uniram a um grupo de guerrilha na Colômbia foi a matéria que recebeu a Menção Honrosa na categoria TV-REPORTAGEM. Foi veiculada na TV Record/SP e os autores são os jornalistas Gilberto Nascimento, Rodrigo Vianna e Gilson Pedro Dias.
Repórter: Camila Miranda
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TV Documentário
Quem são os vencedores e o título.
Repórter: Marcella Tollendal
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Entrevista
“Raio – X da Saúde no Brasil” recebeu a menção honrosa na categoria TV DOCUMENTÁRIO. Para falar um pouco sobre o tema entrevistamos os ganhadores Graziela Ferreira de Azevedo, Maria Cristina Angelini, Marislei Dalmaz de Morais e Rogério Rocha, TV Globo (SP). Repórter: Camila Miranda
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Entrevista complementar
A jornalista Graziela Ferreira de Azevedo, repórter da TV Globo, conta a emoção de receber a menção honrosa em prêmio tão importante. Repórter: Marcella Tollendal
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Jornal
Entrevista
“Infância à deriva” foi o título escolhido pelo Mauri König, jornalista da Gazeta do Povo de Curitiba, para concorrer ao prêmio. Sua matéria ganhou menção honrosa na categoria Jornal, tocando em um assunto delicado e muito importante.
Repórter: Camila Miranda
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Rádio
Entrevista
Na categoria RÁDIO a menção honrosa foi para “O Povo Cigano no Brasil”. Entrevistamos os ganhadores para saber um pouco mais do projeto de Celso Cavalcanti de Melo Junior, George Rodrigues Cardim, Larissa Bortoni Dias, Maurício Ribeiro de Santi, Pedro Henrique Costa e Lima e Rodrigo de Castro Resende, da Rádio Senado 91.7 FM (Brasília).
Repórter: Camila Miranda
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Internet
Quem é o vencedor e o título.
Repórter: Marcella Tollendal
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Entrevista
A menção honrosa da categoria INTERNET foi para Glauco Araujo, do Portal G1 (SP), com o trabalho “Emboscada e morte de extrativistas no Pará”. Entrevistamos o ganhador para falar sobre o trabalho.
Repórter: Camila Miranda
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PRÊMIOS / CATEGORIAS
Fotografia
Entrevista
“Expulsão”, de Weber Sian, foi o trabalho escolhido como vencedor na categoria FOTOGRAFIA. E para conhecer um pouco mais do trabalho, entrevistamos o vencedor. Repórter: Camila Miranda
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Arte
Entrevista
O artista FC Lopes, do Correio Braziliense, tocou em um assunto importante e difícil: política. Conversamos com ele para saber o que há por trás de sua arte, intitulada “Sigilo ou Vergonha?”.
Repórter: Camila Miranda
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TV Reportagem
Entrevista
Marcelo Gomes, Roberto Salim e Maria Cristina, da ESPN Brasil de São Paulo, venceram conceitos e rótulos e conseguiram fazer uma matéria informativa em um canal esportivo. Confira a entrevista sobre o tema “Guerrilha do Araguaia”.
Repórter: Camila Miranda
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TV Documentário
Entrevista
O jornalista Lúcio de Castro é o vencedor da categoria TV-Documentário, veiculado na ESPN Brasil/São Paulo, com o título “Haiti, o país dos Rest Avec”. O especial procura respostas na sociedade haitiana para cenas ainda dolorosas, como a miséria. Aborda também o caso “Rest Avec” como são conhecidas as crianças entregues por suas famílias e que passam a viver praticamente em regime de escravidão.
Repórter: Camila Miranda
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Jornal
Entrevista
Conversamos com o vencedor da categoria Jornal, Leonencio Nossa, do O Estado de S. Paulo, para saber como foi abordar esse assunto das “Guerras Desconhecidas do Brasil”. Repórter: Camila Miranda
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Rádio
Entrevista
O prêmio RÁDIO foi para Marjuliê Martini com a matéria “Racismo expulsa baiano do Rio Grande do Sul”, apresentado pela Rádio Guaíba FM 101,3 FM. Entrevistamos a vencedora que aborda um pouco sobre seu tema e fala quais os motivos de abordá-lo.
Repórter: Camila Miranda
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Internet
Entrevista
Na categoria INTERNET temos como material vencedor o multimídia “Rio de Janeiro – autorretrato”, do jornalista Marcelo Bauer. Fizemos uma breve entrevista com o premiado para conhecer mais o seu projeto.
Repórter: Camila Miranda
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Revista
Entrevista
Com tema social, os jornalistas Gisele Franchini e Tiago Luis Penteado, da Interativa, são os vencedores da categoria Revista com a matéria ‘Inclusão: o que é ser normal?’. A questão central da publicação é o que é ser diferente, ser normal e o que pode ser considerado politicamente correto quando o assunto é inclusão.
Repórter: Camila Miranda
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Extras
1: Abertura e explicação dos prêmios
Repórter: Marcella Tollendal
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2: Abertura / Hino Nacional
Repórter: Marcella Tollendal
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3: Sergio Gomes
O jornalista fala da OBORÉ.
Repórter: Marcella Tollendal
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4: Sergio Gomes
O Instituto Vladimir Herzog e o seu trabalho com os estudantes de jornalismo.
Repórter: Marcella Tollendal
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5: Sergio Gomes
O surgimento do prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão e o elogio à Faculdade Rio Branco em decidir transformar um dia que poderia ser comum em uma aula de jornalismo, cobrindo o 33º Prêmio Vladimir Herzog.
Repórter: Marcella Tollendal
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6: Elifas Andreato
O homenageado da noite disse algumas palavras no palco, mas depois o entrevistamos para saber qual a emoção que ele sentiu ao receber o prêmio em nome de um amigo seu tão querido como Vlado.
Repórter: Camila Miranda
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7: A apresentadora Maria Lidia
Maria Lidia Flandoli foi a apresentadora do 33º Prêmio Vladimir Herzog e 3º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão. A jornalista fala sobre a emoção da sua tarefa. Repórteres: Camila Miranda e Égon Ferreira Rodrigues
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8: Antonio Carlos Fon
Ex presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo fala da emoção de ter trabalhado com o jornalista e ganho inúmeras vezes o prêmio que leva o nome do amigo.
Repórter: Marcella Tollendal
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* Esta cobertura do 33º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foi inteira e especialmente produzida pelos estudantes de Jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco (SP): Alexandre Arcari; Amanda Belo; Ana Carolina Rinaldi; Caio Bibiano; Caio Colagrande Castro; Camila Miranda; Camila Teixeira; Egon Ferreira Rodrigues; Felippe Willian; Gabriela Arruda; Lígia Neiva; Marjorie Niele; Marcella Tollendal; Natalia Tozzo Seixeiro, Natalia Lippo e Rodrigo de Brum. Ao enaltecer o empenho do grupo de alunos na realização da cobertura, parabenizamos os professores do curso de Comunicação Social pelo apoio, incentivo e acompanhamento da experiência: Patrícia Rangel, Patrícia Ceolin e Clara Correa. |
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