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  Sessão Averroes recebeu especialistas para reflexão sobre o filme Poesia, do sul-coreano Chang-dong Lee

  06/12/2011

A organização dos serviços de saúde e o controle das doenças crônicas tem o poder de retardar e até mesmo postergar a escala de envelhecimento. Mas como apoiar iniciativas que permitam a manutenção da autonomia dos idosos para fazerem o que desejam, gostam e podem? 

Essa foi uma das questões discutidas na noite desta segunda-feira, dia 28 de novembro, na Sessão Averroes de Cinema e Reflexão, na Cinemateca Brasileira, por uma plateia de cerca de cem convidados e a presença da geriatra Cláudia Burlá, a jornalista Eliane Brum e a médica Maria Goretti Sales Maciel na mesa de reflexão especialmente organizada para o debate. 

O objetivo das sessões promovidas desde 2008 através da parceria entre Cinemateca, Premier e OBORÉ é refletir, examinar e debater a condição humana, a vida e sua terminalidade. Destinadas sobretudo a profissionais e estudantes da área de medicina e saúde, as sessões são abertas ao público, acontecem sempre às 19h da última segunda-feira de cada mês e são seguidas de mesa de reflexão com convidados das mais diversas áreas do conhecimento.

O filme sul coreano Poesia conta a história de Mija, uma senhora excêntrica de 66 anos. Com uma mente inquieta e questionadora, ela vive com um neto adolescente problemático nas encostas do rio Han e trabalha de doméstica para um velho doente. Em estágio inicial de Alzheimer, Mija inscreve-se num curso de literatura e busca nas palavras, na poesia, uma forma de retardar o esquecimento, driblando sua morte em vida. Passa a observar o seu cotidiano e as coisas ao seu redor, que ela nunca havia reparado. Com poderosa carga dramática, o roteiro do filme foi premiado em Cannes, em 2010. 

Buscando um poema para a vida

Cláudia Burlá é membro da Câmara Técnica sobre a Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Medicina, sócia-fundadora e membro do Conselho Consultivo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Eliane Brum, escritora e documentarista, ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).  Goretti Maciel dirige o Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, é membro da Câmara Técnica sobre Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Medicina e diretora do Instituto Paliar.

A escritora e jornalista Eliane Brum dá especial atenção à pergunta da personagem - e que é a pergunta de todos nós - aonde está a poesia da nossa vida? Para a geriatra Cláudia Burlá, o filme imita o ritmo lento do envelhecimento: mostra a vida de quem tem a chance de envelhecer e de recriar seus caminhos a partir do que lhe restou. Atenta também para o fato de que a passagem do tempo afeta a memória e sua perda também significa a perda de nossa identidade e de nossa história. Goretti Maciel, ao referir-se à prática paliativista, destaca o desafio que temos de viver e transformar nossos sonhos em realidade: terminar a vida de forma natural é fechar o último poema da nossa vida.                   

Políticas públicas de saúde: possíveis e necessárias

O Censo de 2010, divulgado agora em meados de novembro pelo IBGE, mostra um Brasil de cara nova. Alguns dos exemplos: as mulheres brasileiras estão tendo menos filhos e estão tendo filhos mais tarde; mais brasileiros estão com empregos formais, com uma renda maior, com mais acesso à saúde e à educação; as pessoas estão vivendo mais, o que significa que a população com 60 anos ou mais aumentou.

Não só pelo seu crescimento frente a outros grupos populacionais, mas também pela sua fragilidade, a população idosa carece de atenção especial. O Brasil tem como referência o Estatuto do Idoso (Lei 10.741 de 1 de outubro de 2003), que assegura todas as oportunidades e facilidades para a preservação de sua saúde física e mental, aperfeiçoamento intelectual, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Trata-se de um bom horizonte para se pensar em políticas públicas. Um dos principais desafios, neste sentido, é a inclusão dos idosos na vida da cidade.

O fato é que chegaremos ao ano de 2040 com a maior parte de nossa população na faixa dos 50 ou mais anos de idade – e portanto temos, já, um grande desafio: construir políticas públicas que assegurem qualidade de vida a esta parcela da população. E isto considerando não somente as questões de saúde, mas também de um conjunto de políticas públicas específicas para assegurar alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, trabalho e renda para esta parcela da população.

Embora nos últimos 30 anos o país tenha registrado um incremento significativo na esperança de vida, verifica-se entre os idosos uma maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, como hipertensão, coronopatias, diabetes e enfermidades neuropsiquiátricas, dentre as quais depressão, Alzheimer e Parkinson, que exigem uma atenção integral a esta parcela da população.


SERVIÇO

Sessão Averroes de Cinema e Reflexão
Cinemateca Brasileira – Sala Petrobrás 
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
(Próximo à estação do Metrô Vila Mariana e ao Instituto Biológico)
Promoção: Cinemateca, Hospital Premier/Grupo MAIS e OBORÉ

Programação permanente (2012)
Sempre na última segunda-feira de cada mês

• 27 de fevereiro
• 26 de março
• 30 de abril
• 28 de maio
• 25 de junho
• 30 de julho
• 27 de agosto
• 29 de outubro
• 26 de novembro

17h - Visita monitorada às instalações da Cinemateca, inclusive a área técnica e de restauro.
18h – Lanche de Confraternização
19h – Sessão de Cinema
21h – Mesa de Reflexão


Mais informações:

www.cinemateca.gov.br
www.grupomaissaude.com.br
www.obore.com

 
 
 
   
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