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  Atendimento domiciliar é tema de discussão no 3º Ciclo de Cinema e Reflexão
Luisa Purchio. Foto: Itaci Ribeiro
  18/09/2010

“Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. Citada por Luiza Dal Ben, enfermeira e presidente da Dal Ben Home Care, a frase de Leonardo Boff, pseudônimo de Genézio Darci Boff, teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, ilustra bem os parâmetros de discussão da segunda mesa temática do 3º Ciclo de Cinema e Reflexão Aprender a Viver, Aprender a Morrer, realizada na Cinemateca Brasileira na última sexta (17).

Coordenada por Celso Scazufka Ribeiro, médico e coordenador do Programa de Assistência Domiciliar do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), a mesa sobre atendimento domiciliar abordou a importância e a situação desta atividade no Brasil, assim como sua evolução e os desafios que enfrenta para se desenvolver. “Muita gente não sabe exatamente o que é atendimento domiciliar e não tem uma visão da complexidade da equipe multifuncional, assim como de sua logística”, disse Celso. “É um atendimento completamente diferente do hospital, pois se tem a família e a casa do paciente”.

Presente na mesa de discussão, Christina Aparecida Ribeiro, gerente médica do Serviço de Assistência Domiciliar do hospital Israelita Albert Einstein e presidente do Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar (Sibrad), chamou atenção para a demanda atual que os profissionais da saúde enfrentam. Desde o início do século XX, um quadro diferente se apresenta, pois as pessoas estão vivendo mais, o que traz um número maior de idosos e portadores de fatores de risco. Além disso, há um alto número de doenças crônicas, que ocupam cerca de 10% dos gastos de saúde no Brasil. “Este perfil apresenta uma carência contínua de cuidados e de humanização do atendimento”, afirmou ela.

De acordo com Christina, existem alguns programas e instituições que promovem atendimentos domiciliares, como o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), o Programa Saúde da Família, hospitais universitários e iniciativas ainda díspares da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. “O mais importante é que existe um movimento de conscientização cada vez maior de que é possível e necessário em alguns momentos o atendimento domiciliar”, disse Christina. Para Celso Ribeiro, uma deficiência é a falta de condições para fazer um atendimento globalizado ligado ao poder público.

Os pacientes do atendimento domiciliar são aqueles que têm condições de ir para casa, mas precisam de suporte e de assistência especializada, pois não conseguem se recuperar sem a presença de um profissional da saúde. Nestes casos, os prestadores de serviço precisam entender a organização e a família do paciente.“No domicílio, os profissionais tocam a campainha, diferente do hospital”, afirmou Luiza Dal Ben. “Nós devemos respeitar os valores, hábitos e histórico de vida do paciente, e trazer soluções terapêuticas”.

Uma questão importante abordada por Christina Ribeiro foi a necessidade de se criar uma estatística específica da assistência domiciliar. De acordo com ela, hoje há um grande número de empresas cadastradas, mas existe uma confusão dos parâmetros que delimitam a atividade. “Precisamos de uma adequação da oferta e de um órgão mais isento e oficial que possa criar indicadores. Eles têm que ser muito apropriados, para sabermos o que deve ser feito”, disse.


Depoimento em vídeo do palestrante e coordenador da mesa Celso Scazufka Ribeiro

Depoimento em vídeo da palestrante Luiza Dal Ben

Depoimento em vídeo da palestrante Christina Aparecida Ribeiro

Cobertura completa do Ciclo

3º CICLO DE CINEMA E REFLEXÃO APRENDER A VIVER, APRENDER A MORRER

 
 
 
   
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