01/04/2010
Em homenagem ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril), a Cinemateca Brasileira apresenta na SESSÃO AVERROES do dia 26 de abril o longa A Classe Operária Vai ao Paraíso (Itália, 1971) obra prima de Elio Petri e um dos grandes clássicos do cinema político italiano.
Fruto da parceria com o Hospital Premier/Grupo MAIS e OBORÉ, a SESSÃO AVERROES deste mês também conta com o apoio institucional da Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego e Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é colaborar com as reflexões sobre a sustentabilidade da sociedade, ponto de vista da população trabalhadora, o que inclui o direito à vida, à saúde e à integridade física e mental.
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem anualmente no mundo 270 milhões de acidentes de trabalho, 160 milhões de casos de doenças ocupacionais e mais de um milhão e meio de mortes - cerca de cinco mil por dia - devido a acidentes ou doenças relacionados com o trabalho. Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. No Brasil, segundo o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho da Previdência Social, foram registrados em 2007 mais de 650 mil casos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho - dados que referem-se apenas aos segurados do Seguro de Acidentes do Trabalho, menos de um terço da população total de trabalhadores. Apesar dos números trágicos e das repercussões desses eventos, as condições de trabalho geralmente são desconsideradas em qualquer discussão de sociedade sustentável ou de políticas de desenvolvimento econômico e tecnológico.
Participam da Mesa de Reflexão Leny Sato, professora titular do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da USP; João Guilherme Vargas Netto, analista político, ex-diretor da OBORÉ e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo e Artur Henrique, presidente nacional da CUT - Central Única dos Trabalhadores. A mediação é da médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro.
O título da Sessão alude ao filósofo, jurista e médico nascido em Córdoba, em 1126 - à época uma das mais cultas metrópoles muçulmanas – e reconhecido como um dos pais da Medicina. Foi o principal intérprete da obra de Aristóteles, o que influenciou toda a filosofia muçulmana, judaica e cristã da Idade Média.
Destinada sobretudo a profissionais e estudantes da área de medicina e saúde, a SESSÃO AVERROES tem o objetivo de refletir, examinar e debater a condição humana, a vida e sua terminalidade. É aberta ao público e acontece sempre às 19h00 da última segunda-feira de cada mês, seguida de mesa de reflexão com convidados das mais diversas áreas do conhecimento.
São apoiadores a Faculdade de Medicina de Itajubá (MG), o Instituto Paliar e a Academia Nacional de Cuidados Paliativos. As sessões são precedidas de visita monitorada (17h00) por toda a Cinemateca, incluindo a área técnica de restauro.
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