01/12/2009
A Editora Olhares, a Livraria Cultura e o artista plástico Jaime Prades convidam para o lançamento do livro A Arte de Jaime Prades no próximo dia 2 de dezembro, quarta-feira, às 18h30, na Loja de Artes da Livraria Cultura ( Conjunto Nacional - Av.Paulista, 2073).
Das máquinas grafitadas nos túneis da Paulista, em 1987, aos arquivos do Tupinãodá, à série Absurdos e até os projetos atuais de arte de rua produzidos com material reciclado, a obra é uma viagem no tempo pelo trabalho tão amplo e ao mesmo tempo tão particular do artista.
Jaime Prades foi um dos fundadores da OBORÉ, na década de 1970, e deixou sua marca na diagramação e na ilustraçaõ de inúmeros jornais e peças da imprensa sindical da época. Há dois anos foi convidado pela OBORÉ para produzir o troféu Averroes, concebido pelo historiador italo-brasileiro José Luiz Del Roio especialmente para o Hospital Premier, que o dedica anualmente a uma personalidade pioneira e compartilhadora.
Conheça o Troféu Averroes
Inspirado nos padrões florais em relevo das paredes da mesquita do Alhambra de Córdoba, criei os meus grafismos florais. Dessa forma, evitei apenas transportar e copiar os elementos da mesquita. Reinterpretando-os, dei modernidade a eles e originalidade à peça. A mesquita de Córdoba é o maior feito da cultura árabe na Espanha e símbolo do seu mais evoluído período. É o legado que algumas gerações, incluíndo a de Averroes, deixaram para a humanidade.A peça inclui todas as maneiras de nomear Averroes. Seu nome no alfabeto latino, em árabe e como ficou mais conhecido. Oriente e ocidente juntos simbolicamente na expressão da letra - que é a manifestação do intelecto em linguagem. Averroes é a ponte por onde transita a tradição Grega, que traz em si as tradições egípcias e orientais.O arco entre as duas partes é a presença da cultura árabe simbolizada pela curva. O desenho do arco foi copiado do arco interno de sustentação das colunas da mesquita.A oxidação da peça é mais do que um mero recurso estético. Ela evita o brilho fácil e nos leva a procurar o valor além da matéria. A dramaticidade do material evoca o tempo e a fragilidade da condição humana.
Por Jaime Prades, artista pástico
www.jaimeprades.art.br
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