10/11/2008
A terceira edição do curso Jornalismo em Situações de Conflito Armado e outras Situações de Violência acabou com aprovação de 100% dos profissionais de comunicação que participaram. Desses, 33% consideraram o curso ótimo e 67% bom. Organizado pela OBORÉ em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o curso reuniu, entre os dias 3 e 6 de novembro, jornalistas indicados por veículos como a Folha de S.Paulo, CBN, Diário de S.Paulo, Canal Universitário e TV Cultura.
A semana foi aberta pelo jornalista da TV Globo e representante do International News Safety Institute (INSI), Marcelo Moreira. O chefe de reportagem de Tim Lopes, na época de seu assassinato por traficantes no Rio de Janeiro, deu dicas aos repórteres para uma cobertura mais segura.
Favorita dos participantes - com 67% de avaliação como ótima -, a palestra sobre “regras de engajamento do Exército em diferentes situações: guerra, missões de paz e policiamento” trouxe o tenente-coronel Ricardo Vendramin, do Centro de Comunicação Social do Exército em Brasília. Em sua conversa com os jornalistas, ele apresentou uma nova postura do Exército brasileiro que, segundo ele, busca se abrir ao contato com a imprensa.
Já o assessor jurídico do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Gabriel Valladares, tratou das garantias legais dos jornalistas nas situações de guerra. Ele explicou que o Direito Internacional Humanitário reconhece duas categorias de jornalistas num conflito: os correspondentes de guerra, que são profissionais ligados ao Exército e por isso membros dele, e os jornalistas em missão profissional perigosa, que gozam dos direitos e deveres de qualquer outro civil.
Encerrando o ciclo de palestras, o coronel da reserva da Polícia Militar e assessor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para atividades com forças policiais e de segurança, André Vianna. Ele deu aos jornalistas alguns parâmetros para entender o ideal de conduta da Polícia Militar e poder compará-los com a realidade. Alertou que o policial só é autorizado a usar armas de fogo, com força potencialmente letal, se existir perigo iminente de morte ou lesão grave, em legítima defesa ou defesa de terceiros.
Todas as palestras contaram com avaliação de mais de 80% de ótimo e bom. O conteúdo do curso obteve aprovação de 100% (67% ótimo e 33% bom) e todos os jornalistas presentes foram unânimes em dizer que recomendariam o curso para outros profissionais.
A terceira edição do curso Jornalismo em Situações de Conflito Armado e outras Situações de Violência é uma realização da Abraji, CICV, OBORÉ e conta com o apoio do Canal Universitário de São Paulo; CBN; Diário de S.Paulo; Folha de S.Paulo; TV Cultura.
Confira o material produzido pela Abraji sobre as quatro palestras:
Coronel da reserva explica a jornalistas a conduta ideal da Polícia Militar em conflitos
Representante da Cruz vermelha fala garantias legais do jornalista em guerras
Militar fala sobre papel do Exército em curso sobre Jornalismo em Áreas de Conflito
Em curso sobre conflitos armados, conselheiro do INSI dá dicas para cobertura mais segura |